Coleção Folha traz jornada filosófica de Descartes sob olhar de Rossellini
Para os entusiastas de sua obra, o matemático francês René Descartes (1596-1650) praticamente mudou os rumos do pensamento. O título de "pai da filosofia moderna" não parece exagerado quando se contempla suas reflexões sobre ciência e comportamento.
"Descartes", produção italiana de 1974, pode ser uma porta de entrada para a jornada filosófica do francês. O filme está no volume nove da Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema, que chega às bancas no próximo domingo (25).
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Ilustração do filósofo René Descartes, que tem jornada filosófica retratada em filme de Rossellini |
Monstro sagrado do cinema italiano nos anos 1940 e 1950, quando ajudou a criar o chamado "neorrealismo", o diretor Roberto Rossellini (1906-1977) escolheu Ugo Gardea para o papel por sua semelhança física com os registros de imagens do filósofo.
Talento dramático não importava muito, porque Rossellini construía suas cinebiografias com textos complexos, quase enciclopédicos, que os atores declamavam de forma nada natural.
Um tom professoral marca o filme que tenta mostrar como a jornada de Descartes por países da Europa forja sua diretriz de encontrar explicações para o mundo com a razão se sobrepondo à fé.
Não se deve esperar de "Descartes" a estrutura de um filme de entretenimento. Rossellini defende ali a educação difundida pelo cinema. Coisa que ele fez como poucos.
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