Ato de Nuno Ramos foi protesto contra anulação de julgamentos dos policiais
Eram cerca das 16h de 2 de outubro de 1992 quando um grupo de policiais entrou no pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru, zona norte da cidade.
A ação para conter um motim terminou com 111 detentos –todos réus primários, muitos ainda não condenados– mortos pela polícia.
Em 2001, o comandante da operação, coronel Ubiratan Guimarães, foi condenado, por júri popular, a 632 anos de prisão, mas foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 2006 –meses depois, morreu assassinado.
Os 74 policiais condenados pelo morticínio tiveram seus julgamentos anulados em setembro último, após o voto do relator do caso, desembargador Ivan Sartori, que afirmou que "não houve massacre", mas "legítima defesa".
A performance comandada por Nuno Ramos nesta semana foi um protesto contra a anulação. Antes dela, várias obras abordaram o massacre, desde "111", instalação do mesmo Nuno, ainda em 1992, a livros, como "Estação Carandiru" (1999), best-seller do médico e colunista da Folha Drauzio Varella.
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