Escritor Roberto Bolaño não deixou instruções a respeito de inéditos
Lese Pierre/Folhapress | ||
Roberto Bolaño - Ilustração |
A celeuma sobre a conveniência de publicar obras de um autor já morto faz pensar no caso clássico de Franz Kafka (1883-1924).
Ele deixou instruções claras a seu amigo Max Brod de que destruísse tudo que ele não tinha ainda publicado, incluindo "diários, manuscritos, cartas e rascunhos". Brod não obedeceu –e vieram a público obras celebradas como "O Processo".
O Espírito Da Ficção Científica |
Roberto Bolaño |
Comprar |
No caso de Bolaño, não se conhecem orientações do autor sobre a destruição de nada. Aqueles que acham que sua viúva, Carolina López, estaria se aproveitando indevidamente do legado do escritor chileno o fazem com base no fato de que obras como "O Espírito da Ficção Cientifica" ficaram inéditas por mais de 30 anos.
Por outro lado, há os que defendem que tudo seja editado, como a editora norte-americana Valerie Miles, da revista Granta.
"Se ele quisesse mesmo que sua obra não fosse publicada, teria deixado instruções para que fosse destruída, porque esteve doente muito tempo e poderia ter tomado essa decisão."
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade