Livro mostra como expressionistas expurgavam as angústias pela arte
Reprodução | ||
"O Grito" (1893), de Edvard Munch, é exemplo de obra expressionista |
Até hoje os historiadores não têm consenso a respeito do que seja o expressionismo. Em geral, o termo refere‑se a um movimento cultural amplo surgido na Alemanha e na Áustria no início do século 20.
Em seu oitavo volume, nas bancas no próximo domingo (6/8), a Coleção Folha.
O Mundo da Arte explora as facetas desse movimento complexo e contraditório.
Embora não pudesse ser definido como um "estilo", o expressionismo comunicava uma percepção de mundo particularmente sensível e até mesmo um pouco neurótica, como se vê na obra do norueguês Edvard Munch.
Suas telas sinistras e angustiadas, como a icônica "O Grito", já expunham a angústia humana desde os anos 1890 e foram a principal influência para o desenvolvimento do movimento.
A angústia vinha de todo o conflito causado pelas rupturas da modernidade capitalista na Europa e pelo trauma deixado pela guerra Franco-Prussiana (1870-1871) e pela Primeira Guerra (1914-1918).
Muitos artistas serviram nas frentes de batalha e retrataram o que viram. Caso de Franz Marc, Otto Dix e George Grosz, que foi internado num hospital psiquiátrico após sofrer um colapso nervoso, assim como Max Beckmann.
No pós-guerra, o expressionismo continuou a mostrar uma visão lúgubre da humanidade. Indivíduos alienados, distúrbios de massa, caos e a violência brutal que assolavam as ruas e os cortiços influenciaram boa parte da produção artística da época.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade