Bovespa cai quase 2% e dólar atinge R$ 1,82; ações da Telebrás desabam
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra forte queda nas operações desta terça-feira. Os mercados mundiais reagem negativamente a indicadores desfavoráveis na Europa e nos EUA, onde uma pesquisa revelou o pesssimismo dos consumidores locais. A taxa de câmbio doméstica oscila em torno de R$ 1,82.
As ações da Telebrás, que dispararam na sessão de ontem, amargam perdas de quase 10% nesta rodada de negócios. A ação preferencial cede 9,16% enquanto a ordinária cai 7,87%. Hoje, reportagem da Folha apontou o envolvimento do ex-ministro José Dirceu. Hoje, membros do governo afirmaram que a reativação da estatal ainda não está decidida.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, perde 1,77%, aos 65.992 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,03 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,84%.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,828, em alta de 0,93%. A taxa de risco-país marca 217 pontos, número 4,32% abaixo da pontuação anterior.
No front externo, os indicadores das maiores economias da região contribuíram para derrubar as Bolsas e europeias, aumentando a aversão ao risco dos investidores. Na Alemanha, uma sondagem revelou que os empresários locais estão mais pessimistas; na França, o nível de gastos dos consumidores sofreram sua pior contração em dois anos.
Horas depois, estatísticas dos EUA não ajudaram a melhorar o humor do mercado. O instituto Conference Board registrou uma piora na confiança dos consumidores: o índice recuou para o seu menor nível desde julho.
O mercado opera sob expectativa das palavras de Ben Bernanke (presidente do banco central americano) amanhã. Os novos rumos da política monetária (juros) dos EUA são o foco da preocupação do mercado nesta semana. Um ajuste nos juros básicos americanos, hoje mantidos em quase zero, teria efeitos diretos sobre as Bolsas de Valores, commodities e moedas.
No front doméstico, o IBGE apontou inflação de 0,94% em fevereiro, ante 0,52% em janeiro, pela leitura do IPCA-15, visto como uma prévia do índice oficial de inflação.
O mesmo instituto registrou um crescimento de 5,9% das vendas do setor varejista em 2009. A receita nominal de vendas no comércio teve expansão de 10% ao longo do ano passado.
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Atualizado em 26/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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