Azul vai comercializar passagens da Trip a partir de outubro
A Azul vai começar a vender as passagens da Trip a partir do final do mês de outubro, no primeiro passo para a união das duas companhias aéreas, informou nesta quinta-feira o presidente-executivo e fundador da Trip, José Mário Caprioli.
O acordo de "code share", ou compartilhamento de voos, autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), permitirá que os clientes comprem tíquetes para trechos operados pela Trip nos canais de venda da Azul.
A Trip opera 430 voos diários no país e a Azul, cerca de 400.
Com o compartilhamento, os passageiros também poderão fazer um único check-in e despachar sua bagagem até o destino final.
Apesar de o acordo ser bilateral, a Azul optou por não vender suas passagens nos canais de venda da Trip, já que a plataforma de tecnologia utilizada pela Azul será a adotada ao final da integração das companhias.
O compartilhamento de voos ocorre enquanto as companhias, que anunciaram uma fusão em maio deste ano, aguardam o aval definitivo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para integrarem suas atividades.
A expectativa da companhia é que a aprovação do órgão seja concedida até o final deste ano.
MARCA
A nova companhia resultante da fusão adotará exclusivamente a marca Azul.
Segundo Caprioli, a decisão ocorreu após a realização de pesquisas com consumidores, que indicaram maior conhecimento da marca Azul.
Até o final do ano, com a aprovação dos órgãos concorrenciais, a empresa pretende concluir a unificação de sua identidade visual.
Com isso, as pinturas nos aviões, os uniformes da tripulação e dos funcionários de solo e o mobiliário nos aeroportos terão o mesmo logotipo, da Azul.
"Queremos que a experiência do consumidor com a empresa seja unificada até o final do ano", disse Caprioli.
A primeira aeronave com o logotipo será o modelo ATR 72-200, que deve ser entregue no final de setembro. Segundo os executivos da empresa, todos os aviões com entrega prevista para os próximos meses receberão o novo visual.
A companhia não revelou o valor do investimento para a integração das marcas. "Está na casa dos milhões de reais", afirmou Gianfranco Beting, diretor de comunicação, marca e produto da Azul.
FUTURO
Em evento para jornalistas hoje, Caprioli detalhou alguns planos da nova empresa.
O executivo afirmou que a companhia está pedindo a ampliação do número de slots (autorização para pousos e decolagens) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A Trip detém hoje 23 slots no aeroporto paulista.
"Pedimos mais 20 slots diários à autoridade aeroportuária (Infraero)", disse Caprioli. Segundo ele, há oportunidades em horários fora do pico de pousos e decolagens, que ocorre até as 10h30 e após as 16hs. "Há um 'vale' que podemos aproveitar."
Caprioli também não descartou ampliar a atuação da empresa, atuando também em voos internacionais. "Os voos internacionais estão no radar da companhia", afirmou.
Segundo ele, no entanto, ainda há espaço para crescer na aviação doméstica.
Juntas, Azul e Trip operam 840 voos em 99 aeroportos do Brasil. A frota conjunta das empresas é de 115 aeronaves.
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