Europa e mais companhias aéreas suspendem operações com Boeing 787
Agências reguladoras de aviação e companhia aéreas pelo mundo seguiram nesta quinta-feira a decisão dos EUA e do Japão de suspender operações do Boeing-787 Dreamliner.
As medidas acontecem em sequência aos problemas com um avião da ANA (All Nippon Airways), obrigado a fazer um pouso de emergência por falhas na bateria na quarta-feira.
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A FAA abriu investigação e só irá liberar o modelo após comprovar que as baterias são seguras e confiáveis.
Nesta quinta-feira, a EASA (agência de aviação europeia) anunciou que decidiu seguir a decisão da instituição similar americana e que aguarda apuração sobre os riscos potenciais do problema com a bateria.
Entre as aéreas que também confirmaram a suspensão estão a LAN, do Chile, a Polish Airlines, da Polônia e a Air Índia, da Índia. JAL (Japan Arlines) e ANA também já haviam suspendido a operação do modelo.
Uma das grandes apostas da Boeing, o 787 Dreamliner foi concebido como "o comercial mais avançado do mundo" e apresentado em setembro de 2011, após mais de três anos de adiamentos, que custaram milhões de dólares à empresa.
O modelo, que custa US$ 200 milhões, foi lançado prometendo economia de 20% de combustível, graças ao uso de materiais compostos e fibra de carbono. Há 800 encomendas no mundo.
O incidente com a ANA, que não deixou feridos graves, é o sexto envolvendo o modelo, o mais moderno da empresa americana, em dez dias.
A ANA e a JAL, as maiores do setor aéreo japonês, contam com 24 dos 49 Dreamliners em operação no mundo. Nos EUA, apenas a United Airlines utiliza o jato, com seis aeronaves.
Na América do Sul, a chilena LAN é a única a operar com o Dreamliner --são três unidades. Não há voos para o Brasil.
VEJA O HISTÓRICO DE INCIDENTES COM O MODELO 787 DREAMLINER, DA BOEING
Editoria de Arte/Folhapress | ||
INCIDENTE
O voo da ANA, com 129 passageiros e oito tripulantes, fazia o trajeto Ube-Tóquio quando teve que retornar ao solo, na cidade de Takamatsu, após apenas 35 minutos.
Os indicadores da cabine detectaram um problema em uma das baterias.
A Boeing informou apenas que irá cooperar com as autoridades e com a ANA no processo de investigação.
Há uma semana, reguladores dos EUA informaram que irão realizar uma ampla revisão nos sistemas do 787.
Em janeiro do ano passado, o superjumbo A380 da Airbus também apresentou falhas, com rachaduras em suas asas na Europa. Toda a frota foi inspecionada.
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