Real valorizado faz Big Mac no Brasil custar 29% a mais que nos EUA, diz 'Economist'
O índice Big Mac, calculado pela revista americana "The Economist", aponta o real como a quinta moeda mais cara do mundo neste início de 2013.
O sanduíche no Brasil custa o equivalente a US$ 5,64 e sai 29% mais caro do que o vendido nos Estados Unidos, onde o lanche sai por US$ 4,37, indicando a sobrevalorização do real em relação ao dólar.
Os países que encabeçam o ranking formado pelo índice Big Mac são, nessa ordem, Venezuela (US$ 9,08), Noruega (US$ 7,84), Suécia (US$ 7,62) e Suíça (US$ 7,12).
A lista compara os preços do principal sanduíche da rede McDonald's em 44 países e na zona do euro, tendo como referência o valor dos Estados Unidos. A formação do índice se baseia na paridade do poder de compra (ou "purchasing power parity", em inglês), teoria comumente usada por economistas por levar em conta os preços de cada país e permitir comparações internacionais.
O índice Big Mac divulgado nesta quinta-feira (31) pela "Economist" leva em consideração taxas de câmbio de 30 de janeiro --no Brasil, o cálculo foi feito com o dólar valendo R$ 1,99.
Nesta quinta-feira, o dólar fechou a R$ R1,986.
Divulgação |
Comparação de preços do Big Mac coloca o real como a 5ª moeda mais cara do mundo |
No final do ranking aparecem a África do Sul (US$ 2,03) e a Índia (US$ 1,67). Embora não venda o Big Mac, feito com carne bovina, a Índia entra no índice com o preço do Maharaja Mac, sanduíche de frango.
Ao apresentar o primeiro índice Big Mac de 2013, a revista americana, que o inventou em 1986 e o divulga periodicamente, cita o índice como uma maneira de se olhar as atuais "guerras cambiais" entre os países.
Como exemplos, a "Economist" cita a recente contenção do valor do iene feita pelo governo do Japão --a valorização da moeda encarecia as exportações daquele país-- e a histórica resistência da China em valorizar o yuan.
A desvalorização de uma moeda em relação ao dólar americano, em geral, é benéfica às exportações do país --por outro lado, a valorização é geralmente comemorada pelos importadores.
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