Grupo francês decide cancelar venda da brasileira GVT
O grupo francês Vivendi decidiu cancelar a venda da empresa de telefonia GVT nesta quinta-feira (14), segundo apurou a Folha.
A empresa optou por negar as ofertas feitas pela companhia americana DirecTV e pelo consórcio de fundos liderado pelo americano KKR, que disputavam a companhia.
Ambas as propostas ficaram abaixo do valor pedido pelos franceses (cerca de R$ 19 bilhões).
Os números finais foram apresentados aos executivos da Vivendi nesta semana, mas nenhum lance superou os R$ 16 bilhões.
Como revelou a Folha, os grupos interessados chegaram a oferecer ações, além de desembolso financeiro, na tentativa de se aproximar do valor pedido. A alternativa, contudo, não foi suficiente para seduzir os executivos franceses.
A DirecTV informou há pouco que se retirou da disputa pela companhia brasileira. Procurada, a assessoria da Vivendi não respondeu até a publicação desta reportagem.
NEGOCIAÇÕES
As negociações para a venda da GVT começaram em agosto, quando a Vivendi contratou os bancos Rothschild e Deutsche Bank para encontrar interessados pela empresa.
Apesar dos bons resultados da companhia, que oferece serviços de telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura e é uma das empresas de telecomunicações que mais crescem no país, a Vivendi enxergou na venda dela uma forma de diminuir seu alto endividamento e acalmar os investidores.
A GVT despertou interesse por conta de sua alta taxa de crescimento: nos últimos três anos, mais que dobrou de tamanho e chegou a 5,5 milhões de usuários.
Mas o valor ambicionado pelos franceses, que adquiriram a companhia em 2009 por cerca de R$ 8 bilhões, afugentou compradores. Dos cinco grupos inicialmente interessados, três desistiram antes da rodada final de lances: Telecom Itália, BTG Pactual e o fundo americano Apax Partners.
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