Desemprego em 7 regiões metropolitanas sobe para 10,4% em fevereiro
A taxa de desemprego avançou de 10% em janeiro para 10,4% em fevereiro no conjunto de sete regiões metropolitanas do país, elevando o contingente de desempregados em 82 mil pessoas. A pesquisa é feita em Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Recife, São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre.
No mesmo período do ano passado, o desemprego foi de 10,1%. Os dados são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) do Seade/Dieese (Departamento Intersindical e Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta quarta-feira (27).
Na região metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego subiu de 10% em janeiro para 10,3% em fevereiro, elevando o contingente de desempregados em 25 mil pessoas. Segundo o Seade/Dieese, a variação positiva da taxa, cujo valor é o menor para fevereiro desde 1991, já era esperada.
POR REGIÃO
Enquanto a taxa de desemprego avançou em Belo Horizonte (de 5,6% para 6,2%), no Distrito Federal (de 12% para 12,8%), em Salvador (17,3% para 18,6%), no Recife (12,6% para 12,9%), em São Paulo (de 10% para 10,3%) e em Fortaleza (de 8,1 para 8,5%), caiu ligeiramente apenas em Porto Alegre (de 6,3% para 6,2%).
O aumento nas sete regiões metropolitanas ocorreu devido ao avanço da taxa de desemprego aberto, que passou de 7,5% para 7,9% no período. A taxa é calculada com base nas pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista realizada para a pesquisa e não exerceram nenhum tipo de atividade nos sete últimos dias.
Já o desemprego oculto --que engloba aqueles que exerceram trabalho descontínuo ou irregular e procuraram outro emprego 30 dias ou 12 meses antes da entrevista, assim como os desempregados que não procuraram emprego 30 dias antes da pesquisa, mas sim nos últimos 12 meses-- ficou estável.
O nível de ocupação em fevereiro sofreu redução de 0,9% devido à perda de postos de trabalho principalmente nos setores da indústria de transformação, construção e, em menor grau, no de serviços e no comércio.
No setor privado, o número de empregados com registro em carteira permaneceu inalterado, e os trabalhadores sem carteira caíram 0,8%. Autônomos e empregados domésticos também diminuíram.
A população economicamente ativa nas sete regiões totalizou 22,163 milhões de pessoas, enquanto o contingente de desempregados chegou a 2,311 milhões de pessoas.
O rendimento médio real nas sete regiões diminuiu em janeiro, caindo 1,8% para os ocupados e 1,5% para os assalariados.
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