Governo estuda possibilidades para desonerar transporte público, diz Haddad
Há espaço para desonerar os serviços de transporte público para ajudar a conter a inflação e o governo estuda essa possibilidade, disse o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (17).
"Há estudos no Ministério da Fazenda para desoneração do transporte público", disse o prefeito paulistano em entrevista à rádio Jovem Pan. "É um problema que o Brasil ia ter que enfrentar mais cedo ou mais tarde."
Ele afirmou que, entre as possibilidades estudadas pela Fazenda, está o fim da incidência de PIS e Cofins da folha de pagamento do setor --que já foi desonerada-- e a redução ou eliminação do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o diesel.
"Talvez não seja mais razoável cobrar isto do diesel que, ao contrário da gasolina e do álcool, não é para o transporte individual, mas para o transporte de carga e transporte público", disse Haddad.
O petista defendeu proposta da Frente Nacional dos Prefeitos para que os impostos que incidem sobre a gasolina nas grandes cidades subsidiem o transporte público.
O tema ganhou força em São Paulo com a proximidade do reajuste da tarifa de ônibus, metrô e trem, que costuma acontecer no início do ano mas foi adiada para junho a pedido da presidente Dilma Rousseff --para conter a inflação.
MENORES
O petista evitou posicionar-se sobre o projeto de lei apresentado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para aumentar de três para oito anos a punição a menores que cometerem crimes graves.
"Não sou especialista no assunto, não é questão da prefeitura", desconversou Haddad. Ele afirmou, porém, que a proposta merece ser debatida. "Será que esse menino está pronto para voltar a sociedade em três anos?"
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