Parceria com Petronas fará bem para OGX, avalia mercado
A venda de participações em blocos de petróleo da OGX para a petroleira malaia Petronas agradou o mercado, que vê na parceria a chance da empresa de petróleo e gás natural do empresário Eike Batista ganhar além de recursos, mais expertise para desenvolver seus negócios.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o empresário demorou a acordar para o fato de que na indústria de petróleo é preciso fazer parcerias para diluir o risco. "Foi muito bom para o Eike, ele deveria ter feito isso quatro anos atrás, mas tudo bem, agora ele ganha um parceiro para diluir o risco e injetar dinheiro", avaliou.
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A compra de 40% do campo de Tubarão Martelo (BM-C-39 e BM-C-40) e Peró e Ingá (BM-C-40) por US$ 850 milhões, anunciada ontem, não vai tirar o apetite da Petronas pela 11ª rodada de licitações de petróleo e gás, prevista para os dias 14 e 15 de maio, segundo Pires.
"Muito pelo contrário, agora ela deve ir em parceria com a OGX e comprar blocos, mesmo que não sejam muitos, para fazer a OGX crescer", disse Pires, que comemora a entrada da Petronas no Brasil, uma empresa grande no mercado internacional e com muita experiência no setor.
Para Pedro Galdi, da SLW Corretora, o negócio foi positivo principalmente porque a Petronas poderá passar bastante experiência para a OGX. "O bom foi que a parceria se deu em um campo, e não no capital da OGX direto. A Petronas é do ramo e pode ajudar a OGX a vencer as dificuldades que vem tendo com os poços", explicou.
Para o economista-chefe da SLW, a parceria pode fazer a OGX crescer daqui para frente a ponto de se tornar atraente para o exercício de 5% no capital da empresa pela Petrobras, como estipula o acordo.
A opção de compra seria exercida ao preço de R$ 6,30, bem distante do preço atual dos papéis, de cerca de R$ 2. "O papel já chegou a R$ 22, não seria impossível chegar ao preço do exercício (R$ 6,30)", prevê.
Analistas da corretora Planner também consideraram que o negócio foi bom para a empresa do grupo EBX, por razões como a melhoria da credibilidade do "projeto" de Eike, que foi bastante abalado pela perda das metas de produção.
Também destacaram a entrada de recursos "fundamentais para a continuação da campanha exploratória e o desenvolvimento da produção", além de um certo "atestado de qualidade" dos ativos emitido por uma grande companhia de petróleo.
"Agrega-se à OGX uma empresa com muita experiência e recursos para desenvolver a produção nestes e até em outros campos", disseram em relatório.
Para os especialistas, a confirmação da venda deve impactar positivamente as ações da OGX. Por volta das 16h, as ações da empresa subiam 2,56%, a segunda maior alta do Ibovespa.
Amanhã, a OGX divulga o resultado do primeiro trimestre de 2013. No ano passado, a companhia dobrou o prejuízo em relação a 2011, para R$ 1,2 bilhão.
Apesar de também considerar que a OGX vai se beneficiar do acordo com a Petronas, com a readequação do seu fluxo de caixa e diversificação do risco operacional --além de ter mais recursos para a 11ª rodada--, analistas do BB Investimentos observam que o preço-alvo da companhia permanece em revisão, "pois esperamos mais informações sobre o prazo de recebimento, as condicionantes e a forma de utilização dos recursos e também a atualização do plano de negócios da OGX."
Em seu relatórios, o BB alerta que ainda está preocupado com a queda da produção no campo de Tubarão Azul, o único offshore em produção da empresa, que "deixa dúvidas sobre a obtenção de receitas consistentes e regulares."
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