OGX, de Eike, cai mais de 6% e Bolsa brasileira fecha segundo dia no vermelho
Puxado pela queda das ações de OGX, o principal índice de ações da Bolsa brasileira --o Ibovespa-- fechou esta quinta-feira (9) em queda de 0,65%, aos 55.437 pontos. Foi a segunda baixa consecutiva do índice, somando perda de 1,49%.
O desempenho do Ibovespa, de acordo com especialistas, reflete a divulgação de balanços de empresas e o mau humor externo, com os investidores aproveitando o dia para vender ações compradas mais baratas nas últimas semanas, o que ofuscou uma melhora no mercado de trabalho dos EUA.
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As ações da empresa de petróleo de Eike Batista --a OGX-- fecharam o dia em desvalorização de 6,25%, para R$ 1,65 cada, com os investidores à espera do balanço financeiro da empresa no primeiro trimestre deste ano, previsto para ser divulgado nesta noite.
Segundo analistas consultados pela Folha, o resultado da OGX entre janeiro e março desse ano deve ser pior que o balanço apresentado um ano atrás. "Espero um resultado fraco devido a custos não-caixa extraordinários relacionados com a devolução de áreas de exploração", diz Oswaldo Telles, analista do Banco Espírito Santo.
Também pesa sobre as ações da OGX a venda de 40% do campo de Tubarão Martelo para a Petronas, petroleira estatal da Malásia, por US$ 850 milhões. "A operação não é suficiente para reverter a situação de caixa da empresa", avalia Elad Revi, analista da Spinelli Corretora.
O clima negativo sobre a OGX influenciou as demais empresas do grupo EBX, de Eike. Os papéis da MMX Mineração e da LLX Logística, por exemplo, caíram 3,9% e 2,63% hoje, respectivamente, para R$ 1,97 e R$ 1,85.
Já os papéis da MPX, empresa de energia de Eike, fecharam a quinta-feira em alta de 3%, para R$ 8,90 cada, após a empresa anunciar seu plano de investimentos no valor de R$ 1 bilhão em 2013.
Também em destaque hoje, os papéis preferenciais (mais negociados e sem direito a voto) do Itaú Unibanco fecharam estáveis em R$ 35 cada, após reportagem da Folha revelar que o banco comprou a rede de cartões Credicard por quase R$ 3 bilhões. Os detalhes da proposta, que superou as de Bradesco e Santander, ainda precisam ser acertados.
"Em nossa visão, a aquisição faz sentido uma vez que irá complementar o portfólio de cartões do banco. O foco nos segmentos de cartões e seguros pode ofuscar parcialmente uma pressão futura nos spreads (diferença entre o custo de captação e o de empréstimo)", afirma Gustavo Schroden, analista do Banco Espírito Santo.
As ações de Bradesco, Santander e Banco do Brasil fecharam em quedas de 0,53%, 0,41% e 0,7%, respectivamente, para R$ 33,49, R$ 14,54 e R$ 25,28.
O setor de imobiliário também esteve em foco no dia, com ações entre as maiores quedas e as maiores altas do Ibovespa. Os papéis da Brookfield, por exemplo, caíram 7,14%, para R$ 1,95 cada, após a companhia registrar prejuízo inesperado no primeiro trimestre. Já as ações da Gafisa, que divulga seu resultado amanhã, subiram 2,81%, para R$ 4,03 cada.
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