Dilma chega a Portugal na segunda-feira de olho em leilão de estatais
A presidente Dilma Rousseff desembarca amanhã para uma visita oficial a Lisboa de olho na privatização de duas estatais portuguesas: a companhia aérea TAP e a empresa de correios CTT.
O governo quer negociar a participação de grupos brasileiros nos leilões das empresas, que devem ser realizados até o fim do ano.
Embora a agenda oficial da viagem seja cultural, ligada aos festejos do Ano do Brasil em Portugal, o tema deve dominar as conversas de Dilma com autoridades do país.
Ela será recebida, em encontros separados, pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e pelo presidente Aníbal Cavaco Silva.
Além dos leilões de TAP e CTT, o Planalto também quer que investidores nacionais disputem a concessão de estaleiros navais em Viana do Castelo, no norte de Portgual.
mobilização
"Nas três hipóteses haverá, sem sombra de dúvida, uma empresa brasileira participando", disse à agência Lusa o embaixador do Brasil em Lisboa, Mário Vilalva.
"O governo brasileiro não compra nada, mas mobiliza os interesses. É isso que nós temos feito: temos mobilizado as empresas brasileiras para participarem deste processo de privatização", acrescentou o diplomata.
Na segunda-feira, o "Painel" informou que o Planalto quer engajar a Azul, do empresário David Neeleman, na venda da TAP. O BNDES ofereceu uma linha de crédito para financiar a operação.
Os lances pela companhia devem começar em 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 3,4 bilhões).
TROIKA
O pacote de privatizações de estatais faz parte do acordo do governo português com a troika formada por Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.
O país se comprometeu a vender diversas empresas públicas para reduzir o rombo nas contas e começar a pagar o resgate emergencial de 78 bilhões de euros.
jantar de gala
O secretário português de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, disse na quinta-feira que o convite a Dilma representa a "vontade firme" de atrair o Brasil para os leilões.
Para cortejar a presidente, os portugueses vão oferecer a ela um jantar de gala no Palácio Nacional de Queluz, na noite de segunda-feira.
A participação brasileira em privatizações portuguesas ainda é tímida. Em março, a Amil pagou 85,6 milhões de euros (cerca de R$ 240 milhões) por nove hospitais da HPP Saúde, que era controlada pelo banco público CGD.
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