Dólar oscila perto da estabilidade após dois dias de intervenções do BC
O dólar finalmente parece ter um dia tranquilo nesta quarta-feira (12). Depois de ultrapassar os R$ 2,15 na segunda-feira e ontem, forçando o Banco Central a atuar no mercado por quatro vezes no período, a moeda americana oscila perto da estabilidade nesta manhã.
Às 10h50 (horário de Brasília), o dólar à vista --referência para as negociações no mercado financeiro-- tinha leve desvalorização de 0,16% em relação ao real, cotado em R$ 2,138 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial --utilizado no comércio exterior-- subia 0,28%, para R$ 2,142.
Segundo operadores, o movimento do dólar hoje reflete o clima positivo nos mercados internacionais, diante do crescimento acima do esperado da produção industrial europeia em maio.
Com os investidores mais otimistas, diminui a procura por aplicações consideradas mais seguras, como o dólar, forçando sua cotação para baixo.
Mesmo com o respiro desta manhã, especialistas ouvidos pela Folha ainda acreditam que a tendência da cotação da moeda americana é de alta no médio prazo.
"A tendência de fuga de recursos estrangeiros do Brasil deve continuar até que se tenha uma definição mais clara sobre os estímulos nos EUA. Além disso, nossa economia não tem dado bases suficientes para que os investidores externos confiem em nosso mercado, trazendo suas aplicações para o Brasil", avaliou Hideaki Ilha, da Fair Corretora.
Além do corte no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil, anunciado na semana passada para atrair mais investimentos em dólar para o mercado brasileiro, o que tenderia a diminuir o preço da moeda americana em relação ao real, o governo ainda pode adotar mais medidas para conter a alta do dólar.
Entre elas, está o aumento do poder dos bancos de vender dólares no mercado, o que elevaria a oferta de moeda americana na economia, levando o dólar a perder valor e freando a tendência de queda do real.
Segundo a Folha apurou, o BC pode elevar o teto da "posição vendida" dos bancos em dólares, atualmente em US$ 3 bilhões. Até esse limite, as instituições financeiras não precisam recolher 60% de depósito compulsório (recursos que os bancos são obrigados a deixar parados no BC).
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