Bovespa cai 2,4% por estímulo nos EUA e indicadores negativos no Brasil
O principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou esta sexta-feira (21) em queda de 2,4%, aos 47.056 pontos, com os investidores ainda receosos em relação aos estímulos econômicos nos EUA e ponderando indicadores negativos no Brasil. Na semana, o Ibovespa caiu 4,6%.
"O dia hoje foi de ajuste natural à alta que o Ibovespa teve ontem, enquanto todas as Bolsas mundiais caíram forte", avalia Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.
Saiba mais: veja como funciona o investimento direto em ações na Bolsa
Dólar sobe 5,7% a semana apesar de BC ter colocado US$ 14,3 bi no mercado
A aversão ao risco impulsionou a procura por investimentos mais seguros, como o dólar, que acumulou alta de 5,7% na semana.
Os investidores continuaram reagindo ao plano do banco central dos EUA, que pode começar ainda neste ano a diminuir o ritmo do programa de compras mensais de títulos públicos, adotado em 2009 para ajudar a economia do país a se recuperar.
Segundo o BC americano, os riscos para o crescimento do país já diminuiram, e o programa de estímulo deve ser encerrado até a metade de 2014.
A medida, de acordo com especialistas, deve enxugar o volume de dólares no mundo, prejudicando os mercados globais, especialmente os emergentes, como o Brasil, que já sofrem com a escassez da moeda americana.
Por aqui, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), prévia da inflação oficial, teve alta de 0,38% em junho, desaceleração ante o resultado de maio (0,46%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nos últimos 12 meses, porém, o índice acelerou e acumula alta de 6,67%, contra 6,46% em maio. O resultado é superior ao teto da meta de inflação do Banco Central, baseado no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 6,5% para o ano.
O mercado também recebeu negativamente a notícia de que o país criou 72 mil novos empregos formais durante o mês de maio, o pior resultado para o mês em pelo menos dez anos.
AÇÕES
As ações da Copel lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com desvalorização de 16,66%, para R$ 26,21. Ontem, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou a aplicação de um aumento médio de 14,61% nas tarifas da distribuidora paranaense de energia, a ser aplicado a partir do dia 24 deste mês.
Após a decisão da Aneel, o governador do Paraná, Beto Richa, disse que pedirá à distribuidora para "segurar" a aplicação de aumento nas tarifas. Representantes da empresa se encontrarão com o governador na próxima segunda-feira (24) para discutir o assunto.
O aumento foi influenciado, principalmente, pela alta do custo da energia elétrica comprada pela empresa. Somente esse item teve um impacto de oito pontos porcentuais no reajuste, explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
Com Reuters
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 10/05/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,45% | 127.600 | (17h32) |
Dolar Com. | +0,28% | R$ 5,1578 | (17h00) |
Euro | -0,19% | R$ 5,5447 | (17h31) |