Cresce procura por fundos imobiliários
O investidor que não tem dinheiro suficiente para comprar um imóvel, mas quer aplicar no segmento, tem procurado uma opção que exige menos recursos: o fundo de investimento imobiliário.
Esses fundos são espécies de condomínios de investidores que se reúnem para aplicar em um empreendimento, seja residencial ou comercial, como shoppings, hotéis e universidades.
Para isso, adquirem cotas. Hoje, há no mercado cotas por R$ 100, de acordo com a BM&FBovespa.
Investidor deve ter cautela ao escolher fundo
A modalidade se tornou mais popular a partir de 2009, quando o preço dos imóveis disparou no Brasil.
Mas foi no ano passado que os rendimentos desses fundos chamaram a atenção. Em 2012, os negociados na Bolsa renderam 35%, segundo o IFIX, índice que representa os principais fundos do segmento, enquanto o Ibovespa, principal índice do mercado de ações, subiu 7,4%.
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress | ||
Foram pouco mais de 316 mil negócios, movimentando R$ 3,59 bilhões, de acordo com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Neste ano, até maio, as negociações já superaram as de todo o ano anterior, com R$ 4 bilhões.
Vale destacar que rentabilidade passada não é garantia de ganho futuro. O rendimento neste ano acumulou baixa de 1,5% até maio -bem menor, porém, que a do Ibovespa, de 14,3%.
De acordo com Paulo Cirulli, gerente de produtos da BM&FBovespa, o volume diário de negociação dos fundos chega a R$ 40 milhões.
"Esses fundos existem desde os anos 1990, mas foram amadurecendo e, nos últimos quatro anos, devido à melhoria do cenário macroeconômico do país, ganharam reconhecimento", diz Cirulli.
ABERTOS E FECHADOS
Os fundos imobiliários são divididos em fechados e abertos. Nos fechados, não há oferta pública e os investidores são convidados, normalmente por meio de cartas, a integrar essa carteira.
Nos fundos abertos há uma oferta pública. Como no caso do Banco do Brasil, que, no ano passado, captou R$ 1,592 bilhão para construir 64 agências. Quase todos os investidores (93%) foram pessoas físicas que pagaram valores mínimos de R$ 2.000 reais para receber rendimentos provenientes do aluguel das agências.
Além dos rendimentos superiores aos das aplicações em renda fixa e do Ibovespa, um dos principais atrativos desses fundos é a isenção de Imposto de Renda mensal para o pequeno investidor que tenha menos de 10% do total de cotas da carteira.
O benefício fiscal vale em fundos considerados maiores, com mais de 50 cotistas e cujas cotas são negociadas na Bolsa de Valores.
Para Reinaldo Lacerda, presidente do Comitê de Produtos Financeiros Imobiliários da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), é justamente o estímulo tributário que torna esses fundos atraentes. "É uma maneira de obter maior rentabilidade", afirma.
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