China desiste de fábrica de urânio após protestos
Um dia após o protesto de centenas de pessoas em Jiangmen, no sul da China, o governo de Guangdong decidiu suspender a construção de uma fábrica de processamento de urânio com orçamento de US$ 6 bilhões.
A decisão foi tomada anteontem em "respeito ao desejo popular", segundo comunicado do governo local.
A fábrica deveria ser construída por duas estatais do setor de energia nuclear em uma área de 230 hectares no coração do delta do rio da Pérola, localidade vizinha às províncias independentes de Hong Kong e Macau.
Desde o início do ano, os chineses têm saído às ruas para lutar contra a construção de plantas industriais próximas de suas casas, movimento que se tornou possível com o acesso a smartpho-nes e sites de mídia social.
A piora na poluição do ar, água e solo chineses estimulou a preocupação com a saúde pública, alimentando a desconfiança crescente da população em relação ao governo que supostamente deveria monitorar os estragos.
Os participantes das manifestações na sexta-feira disseram que tinham a obrigação de proteger suas cidades.
"Eu nunca gostaria que meus alunos estudassem nesse tipo de ambiente", disse o professor Xiong, 23, que participou do movimento.
Em maio, milhares de pessoas se reuniram em Kunming, no sudoeste da China, para evitar a construção de uma refinaria de petróleo.
No início do ano, manifestantes de um subúrbio de Xangai (leste da China) conseguiram impedir a construção de uma fábrica de pilhas e de baterias.
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