Procura por escritórios de alto padrão cresce no Rio
A proximidade de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada aqueceu o mercado de escritórios de alto padrão no Rio de Janeiro.
O percentual de espaços vagos com esse perfil caiu 55% entre o fim de 2012 e o do ano anterior. Já em São Paulo, o movimento foi inverso: aumentou a disponibilidade.
Editoria de Arte/Folhapress |
Levantamento da Herzog Imóveis Industriais e Comerciais, especializada no segmento, mostra que estavam livres na capital fluminense apenas 5% dos empreendimentos comerciais A e AA -que têm especificações como áreas superiores a 400 m² e ar-condicionado central.
Em São Paulo, eram 15%.
Como resultado desse movimento, o valor médio de locação subiu com maior velocidade no Rio: a alta foi de 15% em um ano. Na capital paulista, avançou apenas 2,6%, diz a pesquisa.
O pequeno investidor que quiser aplicar no setor pode adquirir cotas de fundos com participação nos empreendimentos. Os especialistas, porém, recomendam cautela.
"O interessado deve avaliar como é composto esse fundo, quais são os empreendimentos em que ele aplica e se está diversificado", afirma Simone Santos, diretora da Herzog. "Isso é importante para diluir o risco", diz.
Vale checar a rentabilidade do fundo, lembrando que uma boa performance não é garantia de ganhos futuros.
Ricardo Almeida, professor do Insper, instituto de ensino e pesquisa, diz que o momento favorável no Rio pode ser revertido após o fim dos grandes eventos.
"Agora há uma série de empresas chegando à cidade para investir, mas a demanda deve diminuir", afirma.
PERSPECTIVAS
Também é preciso levar em conta que o cenário pode mudar nos próximos anos, com entrega de novas unidades.
A previsão é que, até o fim deste ano, a cidade receba mais 110 mil m² em empreendimentos de alto padrão, sem contabilizar o projeto de revitalização da zona portuária, o Porto Maravilha. O estoque em 2012 era de 1,2 milhão m².
Em São Paulo, o aumento no percentual de imóveis disponíveis vem com a elevação da oferta, após grande número de lançamentos recentes.
"Houve ainda o efeito da desaceleração da economia, que afeta a tomada de decisões das empresas", afirma a diretora da Herzog.
O preço médio de locação do metro quadrado em empreendimentos comerciais de alto padrão vai de R$ 100, caso da Barra da Tijuca (zona oeste), a R$ 260, no Leblon e em Ipanema (zona sul). Em São Paulo, o preço médio é R$ 118, mas vai a R$ 142 em bairros como Itaim Bibi (oeste).
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