Queda do desemprego nos EUA decepciona analistas
Apesar de ter alcançado em julho o menor patamar de desemprego registrado desde o final de 2008, o ritmo de contratações do mês passado nos Estados Unidos decepcionou analistas.
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Departamento de Trabalho dos EUA, foram criadas 162 mil vagas de trabalho no mês passado, um volume considerado frustrante perante o cálculo de 185 mil estimado para o período pelo mercado e a média de 189 mil mensais dos últimos 12 meses.
A queda de 0,2 ponto percentual na taxa de desemprego, que chegou a 7,4%, foi atribuída a uma redução no volume de pessoas em busca de emprego, resultado do crescimento econômico permanente mas sem brilho, principal característica da atual retomada.
PIB americano cresce 1,7% no segundo trimestre
O encolhimento de 0,1 ponto na força de trabalho, para 63,4%, reverteu a expansão otimista que o dado havia registrado em junho.
Outro número que chama a atenção é o total de trabalhadores de meio período que gostariam de atuar em tempo integral, que cresceu 19 mil, segundo observa em comunicado Jim O'Sullivan, economista-chefe da HFE.
O relatório de hoje é mais uma face do ritmo modesto do crescimento americano, que durante a semana já levou o Fed (Federal Reserve, o banco central do país) a comunicar a manutenção do programa de estímulo de compra mensal de US$ 85 bilhões em títulos do Tesouro. O fim do programa está condicionado ao desempenho do emprego e da capacidade das companhias de contratar.
O novo relatório pode levar o Fed a atrasar a diminuição dessas compras, segundo estimativas da Standard & Poor's. Na avaliação da consultoria Capital Economics, entretanto, o banco central não deve olhar apenas para o resultado desanimador de julho, mas para a evolução cumulativa.
Empresas privadas adicionaram cerca de 161 mil postos, principalmente no varejo e nos serviços alimentícios e financeiros. Os setores de saúde e automóveis puxaram os resultados da indústria. O governo federal, por outro lado, fechou 2.000 vagas.
Uma diminuição dos salários médios (de US$ 0,02, para US$ 23,98 por hora) também contribui para a preocupação de que remunerações mais baixas e menos horas de trabalho prejudicam a disposição para o consumo.
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