Petroleira de Eike anuncia chegada de navio para exploração de Tubarão Martelo
A OGX, petroleira de Eike Batista, anunciou nesta segunda-feira (26) a chegada ao Brasil do navio FPSO OSX-3, que será usado na produção do óleo do campo de Tubarão Martelo, na bacia de Campos (RJ).
O campo é a nova aposta da OGX para melhorar seus resultados. O grupo de Eike entrou em crise depois de que a produção de petróleo da OGX ficou abaixo das estimativas da própria empresa.
Além disso, a companhia alertou ao mercado que vai parar a produção de seu único campo marítimo, Tubarão Azul, ao longo de 2014.
Os problemas na OGX contaminaram outras empresas do grupo EBX, que são interligadas.
De acordo com a companhia, o navio saiu de Cingapura no dia 15 de julho e chegou ao Brasil no último sábado (24) após 41 dias de viagem --a previsão era de que a travessia seria feita em cerca de 50 dias.
"A chegada do FPSO OSX-3 representa uma importante etapa para a OGX rumo ao início da produção do campo de Tubarão Martelo, nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, na bacia de Campos, prevista para o final de 2013", informou em nota a companhia.
A petroleira comunicou também que perfurou e completou até o momento seis poços produtores e também concluiu testes de formação em cinco poços produtores. Segundo a OGX, os resultado foram em linhas com as expectativas.
O Ibama concedeu, no último dia 8 de agosto, a licença de instalação para desenvolvimento e escoamento de petróleo nos blocos BM-C 39 e BM-C 40, incluindo os campos de Tubarão Martelo e Rêmora.
Neste mês, a OGX também recebeu a licença prévia, que atesta viabilidade ambiental do projeto apresentado para os blocos.
"Neste momento está sendo executada a instalação prévia do sistema de ancoragem na locação por embarcações de apoio especializadas. Uma vez cumpridos os procedimentos de admissão da embarcação pelas autoridades brasileiras, o próximo passo será a conexão do FPSO com seu sistema de ancoragem", informou.
Em maio, a OGX vendeu por US$ 850 milhões, 40% do campo de Tubarão Martelo para a Petronas, petroleira estatal da Malásia. A transação está sujeita à aprovação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
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