Nokia planeja lucrar com mapeamento e redes
A Nokia, que começou como fabricante de botas de borracha para trabalhadores finlandeses 150 anos atrás e foi líder no setor de celulares nos anos 1990, está evoluindo uma vez mais.
Embora a Microsoft esteja adquirindo suas operações de telefonia móvel, a companhia finlandesa manterá as lucrativas operações de mapeamento e de equipamentos para redes.
"Há muita emoção envolvida nessa transição", disse Timo Ihamuotila, vice-presidente da Nokia, acrescentando que "o resultado desse acordo é que a Finlândia terá duas companhias fortes de tecnologia".
A Nokia decidiu se concentrar nos celulares nos anos 1990, depois de enfrentar dificuldades financeiras. No final daquela década, havia se tornado a maior fabricante mundial de celulares, com valor de mercado de US$ 250 bilhões.
Mas o fracasso em desenvolver um smartphone capaz de concorrer com os rivais iPhone (da Apple) e os modelos equipados com o sistema operacional Android (do Google) fabricados pela Samsung Electronics derrubou a fatia de mercado da Nokia de 30%, em 2009, a menos de 4%, no ano passado, de acordo com o grupo de pesquisa Gartner.
Em 2013, a Samsung tornou-se a maior fabricante mundial de celulares.
A nova Nokia está com os cofres repletos de dinheiro da Microsoft e pode estar bem posicionada para competir. As operações de redes da Nokia, que incluem equipamentos vendidos a operadoras de telecomunicações para suas redes de telefonia, respondem pela maior parte do faturamento anual da companhia.
A tecnologia de mapas da Nokia conta com um valioso banco de dados de informações geográficas mundiais.
O serviço se chama Here e pode ser licenciado para empresas que desejem construir produtos e serviços com base em mapas.
"É uma mistura muito estranha", diz Jan Dawson, analista de telecomunicações. "Não existe outra companhia que combine infraestrutura pesada de redes com um ativo que é puramente de dados e de software".
As operações de infraestrutura para telefonia móvel da Nokia, criadas como joint venture com a Siemens, geram cerca de 85% do faturamento anual de US$ 18,4 bilhões da companhia. A Nokia adquiriu os 50% que a Siemens detinha em sua joint venture Nokia Siemens Networks por US$ 2,2 bilhões alguns meses atrás.
A expectativa é de que ela concorra com fornecedores de equipamentos de telecomunicações como a Ericsson, da Suécia, e as chinesas Huawei e ZTE, pelos contratos das maiores operadoras mundiais de telefonia móvel.
A companhia pode conquistar algum sucesso nos Estados Unidos e na Europa, onde os governos são cautelosos quanto a empresas chinesas, devido a preocupações de segurança quanto à espionagem patrocinada pelo governo chinês. Mas terá de investir pesadamente para desafiar a Ericsson, diz o analista Tero Kuittinen.
A Nokia planeja vender serviços de GP e entretenimento. Ela manteve suas instalações de pesquisa e de desenvolvimento e sua carteira de patentes, com planos de desenvolver novos produtos.
A divisão de mapeamento gera cerca de US$ 1,3 bilhão em receita anual.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 26/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +1,50% | 126.526 | (17h38) |
Dolar Com. | -0,93% | R$ 5,1156 | (17h00) |
Euro | -1,26% | R$ 5,4711 | (17h30) |