Dilma promete reavaliação de rodovias concedidas e condena ganho 'elevadíssimo'
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (17) que o governo está fazendo uma reavaliação das concessões de estradas pelo país e afirmou que as empresas não podem querer uma "remuneração elevadíssima" para rodovias fáceis de se administrar.
Na semana passada, um dos dois leilões de rodovias não atraiu nenhum interessado.
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Dilma deu as declarações em entrevista a duas emissoras de rádio do Rio Grande do Sul pela manhã. A presidente criticou as concessões de rodovias feitas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Ela disse que existe uma dificuldade de conciliar interesses das empresas, que pretendem obter o máximo de lucro, e dos usuários, que "exigem um pedágio muito baixo".
"Quando for prático, concreto e efetivo unir as duas coisas, nós vamos unir. Quando não der para unir as duas coisas, nós vamos fazer obra pública."
A presidente afirmou ainda que "é conto de fadas" fazer concessão sem pagar pedágio e citou vantagens do modelo, como rapidez nas obras e na manutenção.
Reportagem da Folha mostrou que o governo obrigou as concessionárias de rodovias repassadas ao setor privado entre 2007 e 2009 a assinar um documento em que se comprometem a terminar obras atrasadas para não ter seus pedágios reduzidos.
Dilma também negou que esteja sendo feito um processo de "concessão fatiada" (por trechos) das estradas e afirmou que o governo apenas está avaliando as características específicas dessas BRs.
À tarde, o "Blog do Planalto", em seu perfil no Twitter, divulgou que a presidente ao falar em análise "uma a uma" das rodovias se referiu a estradas no Rio Grande do Sul que estão com concessão se encerrando.
"Essas rodovias todas concedidas no passado, antes de 2003, têm uma característica. Foram concedidas com concessão só para administrar a rodovia e fazer manutenção. Não estava previsto nenhum quilômetro de duplicação", disse
MENSALÃO
Na entrevista, Dilma também foi questionada sobre o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal. Ela disse que o governo respeita decisões da Justiça e que não pode comentar o assunto para manter a "harmonia" entre os Poderes.
Também falou que conversou com o presidente americano, Barack Obama, e que em breve serão divulgadas informações sobre sua decisão de viajar aos Estados Unidos em outubro.
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