Vencedoras de leilão são novatas em concessões como a da BR-050
O consórcio que venceu a disputa da BR-050 nesta quarta-feira é formado por empresas de médio e pequeno porte de São Paulo. Nenhuma delas opera rodovias pedagiadas, como as das concessões rodoviárias que estão sendo feitas pelo governo federal.
Todas trabalham para construtoras e governos na implantação de estradas, principalmente no Estado.
A líder do consórcio é a construtora Senpar. Além de obras públicas, a construtora atua também no segmento imobiliário, principalmente na construção de condomínios de luxo no interior paulista. Além dela, fazem parte do grupo a Estrutural, Kamilos, Ellenco, Engenharia e Comércio Bandeirantes, Greca Distribuidora de Asfalto, Maqterra Transportes e Terraplenagem, TCL e Vale do Rio Novo Engenharia.
As concessões de rodovias como a que foi vencida pelo consórcio exigem a realização de dois trabalhos. O primeiro é a administração delas, em que são exigidos das companhias padrões de qualidade para o pavimento, sinalização entre outros itens.
No caso desse contrato da BR-050, esse padrão de qualidade também terá itens relacionados diretamente ao consumidor, como tempo de espera no pedágio, engarrafamentos, atendimento, entre outros.
A experiência aponta que companhias que nunca administraram concessões tendem a ter mais dificuldades no cumprimento desses itens, principalmente no início do contrato.
A outra parte da concessão é a implementação de obras de aumento da capacidade da rodovia. No caso da BR-050, além de uma duplicação de mais de 218 quilômetros de estradas em cinco anos, também será necessário realizar 30 novos contornos, sete passarelas e 26 quilômetros de vias marginais entre outras pequenas intervenções.
Nesse caso, a dificuldade maior de quem chega no mercado é a falta de experiência com a burocracia estatal. Para fazer as obras, são necessárias aprovações de projetos em vários órgãos, licenças de vários tipos e desapropriações em alguns casos.
No país, há atualmente 15.469 km de rodovias concedidas (4.774 na malha federal), mais de 90% delas em poder de sete grandes companhias de administração de pedágio. A Arteris (Espanha) é a líder em quilometragem. Já a CCR (Andrade Gutierrez, Camargo Correia e Soares Penido) é a maior em faturamento.
O número tão grande de companhias unidas no consórcio vendedor do leilão da BR-050 é reflexo das restrições que foram impostas pelo edital. Para participar da disputa era preciso reunir um capital social mínimo de R$ 400 milhões.
Além disso, a garantia da vencedora para assinar o contrato é de R$ 101 milhões. Ou seja, se ela desistir agora do negócio, o grupo perderá esse valor.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 10/05/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,45% | 127.600 | (17h32) |
Dolar Com. | +0,28% | R$ 5,1578 | (17h00) |
Euro | -0,19% | R$ 5,5447 | (17h31) |