Taxa de desemprego desacelera e vai a 5,3% em agosto, diz IBGE
Em meio a uma economia em desaceleração especialmente do consumo e a previsão de um PIB mais fraco no terceiro trimestre, o mercado de trabalho mostrou-se inume a tal cenário e a taxa de desemprego ficou em 5,3% em agosto, abaixo dos 5,6% de julho. Naquele mês, o desemprego surpreendeu e recuou frente os 6% de junho.
A taxa de agosto é a mais baixa desde dezembro de 2012 (4,6%), mês no qual o índice sempre recua por conta da menor procura por trabalho.
O recuo do desemprego se deve a uma redução da busca por uma vaga, já que a PEA (População Economicamente Ativa, indicador que mostra a força de trabalho agregando quem está empregado e os que procuram trabalho) ficou estável de julho para agosto.
Em agosto de 2012, a taxa havia sido de 5,3%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (26).
OCUPADOS
O número de pessoas ocupadas cresceu 0,4% em agosto na comparação com julho atingindo 23,2 milhões nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto. Em relação a agosto de 2012, a alta foi de 1,2% --ou 274 mil pessoas. Já o total de desocupados chegou a 1,3 milhão, com queda de 6% de julho para agosto.
Apesar do crescimento, o avanço do número de pessoas ocupadas já não mostra o mesmo vigor de antes, o que mostra alguma perda de dinamismo do mercado de trabalho ainda que a taxa de desemprego esteja em queda.
No segundo semestre do ano passado, a ocupação crescia na faixa entre 2,5% e 3% na comparação anual. De julho para agosto, os setores que mais contribuíram para o aumento da ocupação foram construção (2,2%) e saúde, educação e administração públicas (1,5%). Já a indústria fechou vagas, com perda de 39 mil postos de trabalho (0,9%).
O emprego com carteira cresceu 0,9%. Já o total de pessoas ocupadas sem carteira teve uma ligeira queda de 0,2% de julho para agosto.
RENDIMENTO
Já o rendimento, estimado em R$ 1.883, inverteu a trajetória de queda verificada em julho (0,9%) e subiu 1,7% em agosto. Em relação a agosto de 2012, a renda cresceu 1,3%.
A freada do rendimento é um dos sinais de piora do mercado de trabalho e acompanha o menor reajuste do salário mínimo neste ano e o corte das horas extras em muitas empresas, menos confiantes com a reação da economia. Antes de demitir (o que acarreta custos), elas reduzem a jornada.
Assim como o emprego, a renda já não cresce no mesmo ritmo de 2012, quando avançava na faixa de 3% a 4%.
COMPARE A TAXA DE DESOCUPAÇÃO POR REGIÃO
Região metropolitana | Taxa de desocupação (em %) | Rendimento médio real da população (em R$) |
---|---|---|
Recife | 6,2 | 1.377,20 |
Salvador | 9,4 | 1.444,80 |
B. Horizonte | 4,3 | 1.870,50 |
Rio de Janeiro | 4,5 | 1.981,50 |
São Paulo | 5,4 | 1.990,10 |
Porto Alegre | 3,4 | 1.886,10 |
FONTE: IBGE
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