Comércio desacelera crescimento para 0,9% em agosto
Apesar da freada do consumo e do crédito mais caro com os juros em alta, as vendas do comércio seguem em expansão. De julho para agosto, houve crescimento, em volume, de 0,9%.
Foi o sexto resultado positivo consecutivo, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. O resultado, porém, mostra uma perda de ritmo em relação ao desempenho de julho, quando as vendas cresceram 2,1%.
O varejo, porém, não mostra o mesmo dinamismo do ano passado diante também de uma inflação mais elevada neste ano e da renda em expansão menos acelerada.
Segundo o IBGE, o comércio cresceu 3,8% de janeiro a agosto deste ano.
No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 5,1%. Em 2012, o setor havia registrado expansão de 8,4%.
Na comparação com julho de 2012, o crescimento foi de 6,2%.
SETORES
De julho para agosto, a alta das vendas foi disseminada e atingiu oito das dez atividades pesquisadas.
Os destaques positivos ficaram com equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,6%), veículos e motos, partes e peças (2,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%).
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Também mostraram crescimento os ramos de livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%), móveis e eletrodomésticos (0,8%), material de construção (0,8%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).
Por outro lado, tiveram quedas as atividades de combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,0%).
IMPULSO
No caso dos supermercados, o resultado positivo ocorre diante do período de trégua da inflação dos alimentos, cujos preços chegaram a recuar, mas já mostram uma nova alta em setembro, segundo o IBGE.
Para móveis e eletrodomésticos, dois foram os estímulos: a vigência ainda do IPI reduzido e o programa "Minha Casa Melhor", que dá crédito a juros baixos para famílias atendidas pelo "Minha Casa, Minha Vida" equiparem a moradia adquirida por meio do programa de habitação
popular.
O IPI também teve efeito positivo sobre as vendas de veículos, embora a expansão não se mostre tão vigorosa como antes.
Tanto veículos como material de construção são pesquisados pelo IBGE, mas não integram o índice do comércio varejistas. É que as atividades também atuam no atacado.
Por isso, o instituto calcula também o índice do comércio varejista ampliado. O indicador subiu 0,6% de julho para agosto. Em relação a agosto de 2012, houve queda de 0,8%, ditada pelo fraco desempenho do ramo de veículos (-12,6%).
Já no acumulado do ano, vendas avançaram 3,1%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,4%.
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