Depois de acordo do JP Morgan, agência dos EUA quer US$ 6 bilhões do Bank of America
A agência federal de financiamento habitacional dos EUA (Federal Housing Finance Agency, FHFA na sigla em inglês) pretende cobrar mais de US$ 6 bilhões do BofA (Bank of America) pela responsabilidade do banco em operações com títulos lastreados em hipotecas, que levaram à crise global de 2008.
A pressão da FHFA sobre o BofA e outros grandes bancos americanos aumentou depois que o JP Morgan Chase concordou, segundo fontes, com o pagamento de US$ 13 bilhões para encerrar investigações da Justiça americana. Do total, US$ 4 bilhões serão pagos pelo JP Morgan à FHFA.
O acordo do JP Morgan foi fechado em um telefonema na noite da última terça, entre o CEO do banco, Jamie Dimon, e o procurador-geral americano, Eric Holder. Se confirmado, será o maior acordo da história dos EUA envolvendo uma única empresa.
A FHFA é a agência reguladora que fiscaliza as empresas de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac, que chegaram perto da falência em 2008 por causa de títulos podres comprados dos bancos.
A agência processou 17 instituições, argumentando que eles quebraram leis do setor financeiro ao vender os títulos às duas empresas. O Bank of America era o banco mais exposto aos títulos podres, com um valor de mais de US$ 57 bilhões em títulos --contra US$ 33 bilhões do JP Morgan.
O acordo do JP Morgan deve ser concluído e divulgado nesta semana, e se segue aos já feitos por UBS, Citigroup e General Electric.
Envolvidos nas negociações entre as instituições financeiras e as diferentes agências governamentais creem que os bancos acabarão seguindo a mesma trilha de acordos bilionários para encerrar as investigações feitas pelo Departamento de Justiça. A tendência se fortaleceu com o acordo do JP Morgan, afirmam.
Como parte no acerto feito com o Departamento de Justiça, o JP Morgan deve cooperar com a investigação criminal que apura o envolvimento de seus funcionários nas operações que levaram à crise financeira de 2008.
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