BNDES cria programa inédito para financiar design, moda e marcas brasileiras
Uma das apostas da indústria do país para ganhar mercados, num cenário de crise e excesso de oferta de mercadorias em escala global, é investir em produtos diferenciados. Para apoiar tal iniciativa, o BNDES lançou um programa inédito para financiar, com juros mais baixos, design, moda e marcas brasileiras.
Com orçamento de R$ 500 milhões e taxas atrativas, segundo o banco, o projeto tem objetivo de "estimular aumento da competitividade de empresas brasileiras".
A nova linha de crédito tem um dos mais baixos custos de crédito do BNDES --TJLP, taxa de referência do banco de fomento, atualmente em 5% ao ano, mais 0,9% e mais taxa de risco, de acordo com a avaliação de rating da empresa.
Ana Costa, chefe de departamento do BNDES responsável pela nova linha de crédito, disse que o financiamento visa fomentar as exportações brasileiras e também proteger o mercado interno, principalmente de importações da China -que atua com força em setores beneficiados, como calçados e têxteis.
O modelo, diz, segue o exemplo de países como Itália e Reino Unido, que possuem programas de apoio e investem no design e na marca como "diferenciais de qualidade".
Costa ressalta ainda que a iniciativa pode gerar mais empregos qualificados. "Era um perfil de emprego mais criativo que muitas empresas não tinham."
"O custo reflete a importância dada pelo BNDES aos investimentos intangíveis ligados à qualidade, agregação de valor e competitividade", diz o BNDES.
Batizado de Prodesign, o programa dará suporte a investimentos em design, moda, desenvolvimento de produtos, diferenciação e fortalecimento de marcas.
BENEFICIADOS
Os setores que poderão se beneficiar do crédito subsidiado são têxtil e de confecções, calçadista, moveleiro, de higiene pessoal, de perfumaria e cosméticos, de utilidades domésticas, de brinquedos, de metais sanitários, de joias, relojoeira, de embalagens, de eletrodomésticos e de revestimentos cerâmicos.
"O design tornou-se item relevante para as cadeias produtivas da indústria de bens de consumo, enquanto a segmentação e diferenciação passaram a exigir elevado grau de conhecimento do perfil do cliente, demandando novos investimentos."
Segundo o BNDES, o investimento em qualidade, design e na marca "passaram a ocupar posição de destaque, ao lado da logística e do controle de canais de distribuição e de vendas" para o segmento de bens de consumo.
As empresas interessadas na nova linha de crédito poderão obter financiamento para pesquisa, desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos, embalagens, desenho industrial e design de moda, aquisição de softwares desenvolvidos no país, despesas com treinamento de empregados e participação em feiras e eventos no Brasil ou no exterior.
O banco apoiará ainda estudos, consultorias e projetos de certificação e registros no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
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