Inflação se acelera na China e eleva temores sobre aperto no crédito
A inflação anual da China atingiu 3,2% em outubro, maior índice em oito meses, com a disparada dos preços dos alimentos, espalhando temor em relação à política de aperto de crédito, enquanto a produção industrial e dados de investimentos deram sinais de estabilização.
A inflação, que era de 3,1% em setembro, ainda está abaixo da meta oficial para 2013, de 3,5%.
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Embora a inflação do índice de preços ao consumidor tenha sido empurrada pela demanda sazonal de alimentos, ela pode alimentar a preocupação do mercado de que o banco central poderá aumentar o aperto da política monetária, disse Li Huiyong, um economista da Shenyin & Wanguo Securities.
O Banco Popular da China se recusou a injetar liquidez nos mercados monetários durante as operações normais do mercado aberto na quinta-feira, 7, gerando preocupação de que vai começar nova rodada de aperto nos próximos meses, disseram operadores.
Dados divulgados nesta sexta-feira, 8, mostram que as exportações se recuperaram mais do que o esperado em outubro.
Mas poucos analistas acreditam que o banco central vá se apressar em apertar a política em meio às incertezas globais persistentes. O Banco Popular da China disse que vai manter a política prudente com ajustes finos, para manter a economia em equilíbrio, enquanto afasta riscos inflacionários.
O Escritório Nacional de Estatística informou que os preços dos alimentos subiram 6,5 % em outubro, em comparação ao ano anterior, ante 6,1% em setembro.
Os preços do produtor da China tiveram queda de 1,5% em relação a outubro de 2012, o 20º mês seguido de baixa, ante queda de 1,3% no mês anterior.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Dados também mostraram que a produção industrial da China cresceu 10,3% em outubro ante um ano antes, superando as expectativas do mercado de aumento de 10%.
Os investimentos em ativos fixos cresceram 20,1% nos primeiros dez meses do ano, em linha com as previsões. As vendas no varejo subiram 13,3% em outubro, ante previsão de 13,4%.
No geral, os dados mostram que a economia está se estabilizando, mas ainda há muitas incertezas externas.
Neste sábado, 9, a cúpula do Partido Comunista chinês deu início a uma reunião fechada de quatro dias sob grande expectativa de que sejam definidas as reformas socioeconômicas mais significativas do país em duas décadas.
O objetivo é reduzir o foco em investimentos e exportações e incentivar o consumo doméstico, a abertura a forças de mercado e a inovação.
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