Reunião sobre ajuste de combustíveis da Petrobras fica para dia 29
O Conselho de Administração da Petrobras vai se reunir na sexta-feira, dia 29, informou nesta quinta-feira (21) a estatal em um comunicado ao mercado. O encontro deve trazer uma solução para o reajuste da gasolina.
A mudança do dia da reunião foi decidida ontem, quando a Bovespa e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) estavam fechadas por conta do feriado do Dia da Consciência Negra.
Ações da Petrobras caem após adiamento de reunião e derrubam Bolsa
O encontro do Conselho estava previsto inicialmente para amanhã, quando seria discutida a proposta da diretoria da empresa de uma nova fórmula para o ajuste da gasolina e do diesel, que funcionaria como um gatilho que dispararia uma ou duas vezes por ano, equalizando os preços internos com externos.
Nos Estados Unidos, onde as ações da empresa também são negociadas e não havia feriado ontem, os papéis caíram 4% repercutindo a notícia.
Hoje, no Brasil, as ações preferenciais abriram em queda de 2,75% e as ordinárias de 3,5%.
O mercado teme que o governo não concorde com a nova fórmula, que daria previsibilidade aos ajustes dos principais combustíveis da empresa. A gasolina e o diesel formam metade da receita da companhia.
Em entrevista à Folha, após o anúncio da proposta de um novo sistema para os preços dos combustíveis, no final de outubro, que coincidiu com o anúncio de uma queda de 45% do lucro da empresa no terceiro trimestre, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Adriano Pires, já previa problemas para que o governo aceitasse a mudança.
Ele afirmava que as contas do governo iam mal e que um eventual aumento da gasolina e do diesel poderia fazer a inflação ultrapassar a meta de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, estipulada pela política monetária do país.
"Vai servir só para que as ações não caiam em função do resultado, mas acho muito difícil o governo aprovar uma nova metodologia", disse Pires na época.
Os resultados da Petrobras tem piorado nos últimos trimestres, à medida que a empresa é obrigada a importar gasolina e diesel a preços praticados no mercado internacional e revender no Brasil a preços menores. A defasagem tem oscilado, mas gira em torno dos 15% para ambos os combustíveis média.
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Atualizado em 13/06/2024 | Fonte: CMA | ||
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