OMC finaliza acordo que promete pôr US$ 1 tri no comércio global
Negociadores da OMC (Organização Mundial do Comércio) preparavam-se para passar a noite de ontem, invadindo a madrugada de hoje, para fechar um pacote de acordos a ser definitivamente aprovado na Conferência Ministerial -instância suprema da OMC- programada para a partir do dia 3 de dezembro, em Bali, na Indonésia.
Seria uma espécie de mini-Doha, o nome da mais ambiciosa rodada de liberalização comercial jamais empreendida, lançada há 13 anos, com prazo de cinco anos para a conclusão -vencido, portanto, há oito.
O pacote em fase final de negociação prevê um item batizado no jargão diplomático-comercial de "facilitação de negócios".
Em tese, deveria ser o de mais fácil aprovação porque não mexe com as políticas comerciais de cada país, e sim com a burocracia alfandegária.
De todo modo, há cálculos apontando para um acréscimo de espetacular US$ 1 trilhão ao comércio internacional (quase meio Brasil, portanto) só com mais rapidez no embarque e desembarque de mercadorias.
"Tanto o governo como o empresariado acham que há ganhos, sim, para o Brasil nesse item", afirma Marcos Galvão, o embaixador do Brasil junto à OMC e, como tal, seu principal negociador.
Ainda há, no entanto, detalhes a acertar, entre eles a autorização para que países em desenvolvimento aceitem os novos mecanismos em duas etapas.
Firmariam, inicialmente, o compromisso de aderir ao acordo para só num segundo momento definir em que prazo o farão. O Brasil se beneficiaria dessa regra, se assim desejasse.
ÁREA AGRÍCOLA
Um segundo ponto prestes a ser fechado é na área agrícola. Não contém, a rigor, novidades sobre o que vem sendo discutido desde o lançamento da Rodada Doha, mas consolida regras e propostas.
Uma delas, iniciativa do G20 comercial, grupo do qual que o Brasil é um dos líderes, estabelece que os países que oferecem cotas a seus parceiros comerciais ficariam obrigados a cumpri-las de forma integral.
Atualmente, há momentos em que nem 65% das cotas são efetivamente preenchidas.
A nova regra facilita o acesso aos mercados de bens agrícolas, área em que o Brasil é um dos mais importantes atores no comércio mundial.
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