EUA pede mais prazo para retirar subsídios ao algodão
O representante comercial dos Estados Unidos, Michael Froman, não se comprometeu a retomar o pagamento da compensação para os produtores brasileiros de algodão, mas garantiu que a Casa Branca está trabalhando para convencer o Congresso a acabar com os subsídios aos cotonicultores americanos.
Antes de retaliação, Brasil vai tentar novo acordo com EUA sobre algodão
Reunião para decidir sobre retaliação contra os EUA por subsídios ao algodão é adiada
Froman se reuniu com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, em encontro paralelo à conferência ministerial da OMC (Organização Mundial de Comércio), que acontece em Bali, na Indonésia.
Segundo o americano, Câmara e Senado estarão nos próximos meses tentando unificar as duas legislações que produziram para a nova Farm Bill (Lei Agrícola americana). Ele diz que o objetivo da Casa Branca é sensibilizar o Congresso para a decisão da OMC.
SUBSÍDIOS
A OMC considerou ilegais os subsídios americanos aos cotonicultores em processo vencido pelo Brasil. Os EUA não retiraram seus subsídios e a OMC autorizou o Brasil a retaliar.
Depois de anos de discussões, os americanos toparam pagar US$ 147 milhões aos produtores de algodão brasileiros por ano enquanto não alteram sua lei agrícola. Em setembro, interromperam os pagamentos, quebrando o acordo.
"O que nós realmente queremos é que eles realmente retirem esses subsídios", justificou Figueiredo, acrescentando que o prazo é curto, porque a Farm Bill deve ser decidida até fevereiro ou março de 2014. "Enquanto isso, continuamos preparando a retaliação."
Segundo especialistas do setor privado, a lei agrícola em preparação no Congresso americano é ainda pior do que a anterior, porque possui programas novos que distorcem mais o comércio. Portanto, as chances de os EUA retirarem esses subsídios são reduzidas.
A retaliação contra os EUA será discutida na próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) brasileira. O encontro já foi adiado duas vezes e agora está marcado para 18 de dezembro.
Segundo a Folha apurou, a estratégia do governo brasileiro é retomar formalmente o processo de retaliação, mas deixar para tomar medidas concretas só no início do ano que vem.
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