Nem a Copa segura brasileiros, diz presidente da American Airlines
Nem a Copa do Mundo no Brasil deve reduzir as viagens de brasileiros aos EUA. Segundo o presidente da American Airlines (AA), Thomas Horton, "é grande" o ritmo de vendas de passagem do Brasil para os EUA para junho e julho do ano que vem.
"São férias escolares e há sempre muita gente que não se interessa por futebol", disse Horton à Folha, em entrevista por telefone.
Já o movimento no sentido inverso, de americanos vindo para a Copa, deve aquecer a partir de agora, com o sorteio das sedes (sexta).
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Na próxima segunda, a American Airlines sairá do processo de recuperação judicial e dará início à fusão de suas operações com as da US Airways, negócio que criará a maior companhia aérea do mundo, com US$ 38,7 bilhões de receita combinada (2012).
Com a fusão, a nova American será responsável por transportar 4 de 10 passageiros que voam entre o Brasil e os EUA. Segundo a Anac, a American detém 36,8% desse mercado, e a US Airways, 3,1%. A TAM tem 31%.
Estratégia central do plano de reestruturação da AA, a fusão esteve ameaçada de não acontecer por temores de concentração de mercado.
Em novembro, após acordo em que as empresas abriram mão de algumas dezenas de voos em grandes aeroportos nos EUA, o negócio ganhou o sinal verde da Justiça.
"Diferentemente de outras restruturações similares no passado, nossos credores vão recuperar totalmente os seus investimentos. O resultado é muito bom não só para investidores, como para clientes e funcionários", disse Horton.
A nova empresa vai operar sob a bandeira da American. Horton deixará o cargo executivo e assumirá a presidência do conselho de administração. Segundo ele, o Brasil é o mercado internacional mais importante para o grupo. "Há cinco anos voávamos para dois destinos. Hoje são nove, e estamos indo para 120 voos por semana", diz.
Em sinal dessa importância, o Brasil foi escolhido como o primeiro destino para o Boeing 777-300 ER, avião mais moderno da frota da companhia, com nova configuração de classe executiva, wi-fi e bar. Já são dois aviões do tipo voando para o Brasil. Até o fim de 2014 chega outro, na rota Miami-São Paulo.
A empresa também está otimista com a entrada oficial da TAM na rede de alianças oneworld, da qual a AA é uma das fundadoras, em 31 de março. Além de perder a TAM, passageiros frequentes da StarAlliance perderão a US Airways, que em breve também integrará a oneworld.
CHINA
A partir de junho do ano que vem, a American quer entrar na disputa pelo passageiro brasileiro que vai à China.
A empresa lançará voos de Dallas para Xangai e Hong Kong, com o 777-300. "Temos um grande número de passageiros frequentes que poderão ir à China acumulando milhas", diz Horton.
A fusão fará com que a AA recupere o posto de maior empresa do mundo, perdido em 2008 para a Delta, quando esta se uniu à Northwest. Em 2010, com a fusão da United com a Continental, a AA foi novamente superada, caindo para o terceiro lugar.
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