Bolsa inverte tendência para baixa, influenciada por Petrobras e Vale
Pressionado pelo desempenho ruim de Petrobras e Vale, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, inverteu a tendência positiva vista pela manhã e registra queda na tarde desta terça-feira (7).
Às 16h (horário de Brasília), o Ibovespa cedia 0,83%, a 50.547 pontos. No mesmo horário, os papéis mais negociados de Petrobras e Vale perdiam 1,74% e 1,80%, respectivamente. Essas duas ações, juntas, representam mais de 16% do Ibovespa.
Ao vivo: acompanhe os destaques do mercado e as análises de especialistas
Folha responde as dúvidas de leitores sobre investimento; envie a sua
"É natural que, em um movimento de queda, as principais ações do mercado brasileiro sofram mais", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos. Segundo ele, o mercado segue cauteloso em relação ao desempenho da economia brasileira.
Ontem, a agência de classificação de risco Moody's decidiu manter inalterada a nota soberana do Brasil em "Baa2", com perspectiva estável. A agência, no entanto, afirmou que o país tem flexibilidade fiscal limitada e que o principal desafio das finanças públicas brasileiras é o aumento persistente dos gastos correntes.
No exterior, as Bolsas europeias fecharam em alta após o desemprego na maior economia da região, a alemã, ter caído inesperadamente em base ajustada sazonalmente em dezembro, na primeira queda desde julho. O número de pessoas sem trabalho diminuiu em 15 mil, para 2,965 milhões, a maior redução em dois anos.
Os mercados de ações nos Estados Unidos também operam em alta, diante de sinais de fortalecimento econômico. O deficit comercial do país foi o menor em quatro anos em novembro, ampliando o otimismo dos investidores. A cifra teve queda de 12,9%, para US$ 34,3 bilhões –menor deficit desde outubro de 2009.
Ainda nos EUA, o Senado americano aprovou na noite de ontem o nome de Janet Yellen para presidir o Federal Reserve, banco central daquele país. Yellen é apontada como conservadora e defende que os estímulos econômicos sejam retirados com cautela, à medida em que o mercado de trabalho americano demonstre melhora.
"A retirada gradual dos estímulos nos EUA é importante porque ameniza o impacto negativo da redução da oferta de dólares –e investimentos– nos mercados emergentes", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho. "Ela vai manter a política que o Fed vem fazendo nos últimos anos com seu presidente Ben Bernanke, o que agrada o mercado", acrescenta.
DÓLAR
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, caía 0,22% em relação ao real, às 16h, cotado em R$ 2,372 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedia 0,16%, a R$ 2,373.
O Banco Central realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A operação estava prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio. Ao todo, o BC vendeu 4 mil contratos com vencimento em 2 de maio de 2014, por US$ 199,2 milhões.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 03/05/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +1,09% | 128.509 | (17h31) |
Dolar Com. | -0,83% | R$ 5,0697 | (17h00) |
Euro | -0,42% | R$ 5,4569 | (17h31) |