Bolsa inverte tendência e cai, influenciada por mercados dos EUA
Depois de ter começado o dia no azul, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, inverteu a tendência e passou a cair na tarde desta segunda-feira (13).
"As Bolsas americanas abriram perto da estabilidade, mas logo viraram para queda, influenciando o Ibovespa. A agenda econômica está bem fraca, o que nos deixa reféns do mercados dos EUA", diz João Brügger, analista da consultoria Leme Investimentos
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Às 16h (de Brasília), o Ibovespa cedia 0,66%, a 49.367 pontos. A baixa do índice era guiada pelas desvalorizações dos papéis mais negociados de Petrobras (-1,56%) e Vale (-1,52%), no mesmo horário. Juntos, esses dois papéis representam mais de 16% do Ibovespa.
"A falta de referência também abre espaço para o mercado ponderar as perspectivas ruins para a economia brasileira", afirma Brügger.
Hoje, o Boletim Focus, do Banco Central, revelou uma alta nas projeções para a inflação no país em 2014. Segundo os dados do relatório, a perspectiva é de que o IPCA (índice oficial de inflação) termine este ano com alta de 6%.
"O mercado espera alguma sinalização mais firme do governo contra a inflação. Logo no início do ano já ter projeções de inflação de 6% [bem perto do limite do teto da meta do governo, de 6,5%] é péssimo. Vamos ver o que o Banco Central fará com a taxa básica de juros [a Selic] nesta semana", completa o analista da Leme.
Na quarta-feira (15), termina o primeiro encontro do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) em 2014. As apostas do mercado, por ora, estão divididas entre uma elevação de 0,25 ponto percentual na Selic ou um aumento de 0,50 ponto percentual. Em novembro, o BC subiu pela sexta vez seguida a taxa básica, para os atuais 10,0% ao ano.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,34% em relação ao real, às 16h, cotado em R$ 2,359 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedia 0,16%, a R$ 2,361.
Segundo operadores, a queda reflete o anúncio do Banco Central de que irá promover nesta semana a rolagem de contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) que vencem em fevereiro.
Além disso, a avaliação é de que ainda reflete positivamente sobre o câmbio o indicador pior que o esperado referente ao mercado de trabalho dos EUA, divulgado na última sexta-feira, o que pode fazer com que o Fed (BC americano) freie o processo de retirada do estímulo naquele país.
A baixa do dólar também é ajudada pela intervenção programada do BC brasileiro no mercado de câmbio, que ocorre diariamente através da venda de 4 mil contratos de swaps cambiais tradicionais. Hoje, esta operação movimentou US$ 199,2 milhões.
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