Mercado de trabalho ainda tem que melhorar, diz BC dos EUA
Em seu primeiro discurso na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos como presidente do Fed (banco central americano), Janet Yellen disse nesta terça-feira (11) que a recuperação do mercado de trabalho naquele país "está longe de ser completa", mas reconheceu a melhora econômica que dá base para a instituição seguir cortando seu estímulo monetário.
Segundo Yellen, mesmo que a taxa de desemprego nos EUA tenha recuado em 1,5 ponto percentual desde quando começou a terceira etapa do programa de estímulo americano, em setembro de 2012, o nível atual de 6,6% está "muito acima dos patamares" que o Fed "enxerga como consistentes".
"Aqueles que estão desempregados por mais de seis meses continuam a representar uma grande fração no (nível de) desemprego e o nível de pessoas trabalhando meio período, mas que preferiam um emprego em tempo integral, permanece elevado", citou Yellen, o que "realça a importância de considerar mais que a taxa de desemprego para avaliar o mercado de trabalho".
A presidente do Fed disse apoiar a condução de política monetária adotada por seu antecessor, Ben Bernanke, que deixou o cargo dia 31 de janeiro.
"Estou empenhada em alcançar ambas as partes de nosso 'mandado duplo': ajudar a economia a retomar pleno emprego e conduzir a inflação novamente a 2%, garantindo que ela não fique persistentemente acima ou abaixo desse nível", afirmou.
Quanto ao estímulo do Fed à economia americana, Yellen reforçou que a autoridade continuará retirando seu programa gradualmente, à medida que o mercado de trabalho continue se recuperando e a inflação se movendo em direção à meta do governo.
Em 2009, o Fed começou seu programa de estímulo através da compra de títulos públicos e hipotecários no valor de US$ 85 bilhões mensais a fim de injetar recursos na economia e estimular uma retomada após a crise.
Depois de ter sido estendido por duas vezes, o Fed decidiu, em dezembro do ano passado, começar a retirar o incentivo, cortando a cifra mensal em US$ 10 bilhões, na esteira da melhora nos indicadores econômicos dos EUA. Um novo corte foi promovido em janeiro deste ano, levando o estímulo mensal da autoridade aos atuais US$ 65 bilhões mensais.
TURBULÊNCIA
Yellen reconheceu a recente volatilidade nos mercados financeiros globais, mas enfatizou que, por ora, "não representa risco substancial à perspectiva econômica dos EUA".
Em relatório de política monetária enviado ao Congresso americano nesta terça-feira, o Fed disse estar acompanhando o desdobramento da turbulência nos mercados emergentes.
A autoridade avalia que o processo de retirada do estímulo nos EUA provocou um aumento exagerado nos juros dos títulos de emergentes, movimento que continua especialmente no Brasil e na Turquia.
O Fed ressalta, no entanto, que esse movimento também foi estimulado por outros fatores, como a "deterioração nas condições financeiras" nos emergentes.
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