Alemão vende caipirinha orgânica brasileira na Europa
Nos corredores da Biofach Nuremberg, a maior feira de produtos orgânicos do mundo, na Alemanha, a cachaça orgânica chama a atenção dos visitantes, curiosos pelo produto genuinamente brasileiro. Aos olhos dos brasileiros, no entanto, quem chama a atenção é o vendedor da bebida.
O alemão Andreas Ludwig é quem prepara as caipirinhas no estilo europeu. A bebida, vendida pronta para o consumo, é servida em taças sofisticadas, como se fosse um Martini. "É uma caipirinha light. Mais leve que o champanhe. Os alemães adoram servir como welcome drink (aperitivo) nos casamentos", diz ele.
O teor alcoólico da caipirinha, registrada na Alemanha como Chjlya, é de 10,5%.
Ludwig, que morou no Brasil há 20 anos, trabalha como trader de produtos alemães para o Brasil desde 2000 —a maioria das vendas é de peças para manutenção de máquinas de papel. Há dois anos, decidiu também levar produtos que só existem no Brasil para a Alemanha. A cachaça foi a sua primeira escolha.
Ele começou comprando a cachaça orgânica de uma cooperativa gaúcha, a Agroindústria Colônia Nova de Crissiumal, para revende-la em seu país. Na Biofach, ele apresentou aos visitantes a cachaça branca, mais apropriada para o preparo de caipirinha, e a amarelada, envelhecida em barris de carvalho. Ambas levam a marca da cooperativa: Tropical Brazilis.
Aproveitou a oportunidade para apresentar também a caipirinha pronta para beber, com a sua receita, segundo ele. A Chjlya pode ser encontrada em redes de varejo especializadas em produtos orgânicos na Alemanha, conta Ludwig. "Também estou oferecendo a bebida para outros países europeus", diz.
O alemão abusa dos clichês: o rótulo da cachaça (também descrita como "rum do Brasil") lembra o Carnaval, com a imagem de uma mulher fantasiada, e o futebol, com o desenho de uma bola. "Eles remetem a uma experiência brasileira", afirma.
Ludwig diz que já trouxe do Brasil 12 mil litros de cachaça Terra Brazilis, também vendida por outros representantes na Europa. Segundo ele, fez pedido para mais 5.000 litros da cachaça orgânica, que tem como matéria prima a cana de açúcar sem o uso de agrotóxicos.
A jornalista TATIANA FREITAS viajou a convite do Projeto Organics Brasil.
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