Brasil foi visto como "problemático" pelo BC dos EUA em 2008
O Brasil foi citado como o mais "problemático" de quatro países emergentes auxiliados com uma linha especial do Fed durante a crise de 2008.
Cingapura, Coreia e México também foram beneficiados.
Segundo o diretor regional em Dallas, Richard Fisher, do grupo, o Brasil era o que apresentava o maior risco (o termo usado por Fisher foi "the dodgiest").
A frase está na transcrição das reuniões que revelam como se gestou a linha para a troca de dólares ("swap") de US$ 30 bilhões em outubro daquele ano, quando os efeitos da crise já atingiam o Brasil.
"Quando começamos a falar com esses países, era mais por prevenção do que em resposta a suas condições", disse o presidente do Fed, Ben Bernanke. "Mas os mercados emergentes estão em um momento crítico, a urgência aumentou e os riscos para a economia global são maiores do que há algumas semanas."
O BC brasileiro não comentou até a conclusão desta edição.
MOTIVOS DE ESCOLHA
Os países foram escolhidos porque, "dos emergentes, estão entre os mais importantes politicamente e economicamente".
Fisher, disse que a ajuda ao México era "tema de segurança nacional; eles são o número um". Cingapura era um caso único ("duvido que jamais recorreria ao FMI"). Sobre a Coreia, disse: "Estamos a um passo de assinar um acordo de livre comércio".
"O Brasil é o mais problemático", disse, sem citar se por razões políticas ou econômicas. "Entretanto, 40% do PIB ao sul de Yucatán [sul do México] e 60% da população são representados por aquele único país. Fez progresso significativo desde que Cardoso foi presidente e é uma economia robusta, falando relativamente". Terminou dizendo "é uma parte crítica do nosso hemisfério e essa é a justificativa para incluí-lo nesse pacote".
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