Cresce a fatia do governo no PIB; a da indústria recua ao menor nível
Nunca o consumo do governo teve um peso tão grande na economia do país como em 2013, quando a fatia chegou a 22%, contra 21,3% de 2012. A participação era de 19,2% em 2000, segundo o IBGE.
No ano passado, o Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 2,3%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE.
O resultado foi puxado pelo desempenho de 0,7% no quarto trimestre, acima do esperado pelos analistas.
Na conta do consumo do governo, estão todos os bens e serviços, excluídos seus respectivos insumos, usados por União, Estados e Municípios para atender à população em saúde, educação, Justiça, na própria administração das esferas de poder, entre outros.
O consumo do governo entra no PIB pela ótica da demanda, que inclui ainda o consumo das famílias (peso de 62,5% em 2013), investimentos (18%), exportações (12,6%) e importações (-15,1%) —este último item é excluído da conta do PIB pois reflete uma produção realizada fora do país.
Pelos dados do IBGE, o consumo do governo cresceu 1,9% em 2013, abaixo do PIB (2,3%) e inferior também ao avanço do consumo das famílias (2,3%).
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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INDÚSTRIA
Ao passo que a "mão do Estado" avança na economia, a indústria, por exemplo, cede terreno para outros setores, especialmente o de serviços. A indústria ficou com uma fatia de 24,9% do PIB em 2013, menor participação desde 2000. Já os serviços abocanharam 69,4% da economia do país, maior percentual desde 2000. A agropecuária ficou com 5,7%.
É uma tendência das economias mais maduras e desenvolvidas terem um setor de serviços com mais peso, já que com o avanço do perfil de renda o consumo de serviços cresce também.
No Brasil, porém, discute-se que houve uma desindustrialização prematura, antes que o país alcançasse um padrão de renda per capita mais elevada —o indicador ficou em R$ 24.065 em 2013, com alta de 1,4% ante 2012.
PERSPECTIVAS
O resultado do PIB no quarto trimestre, de 0,7%, ficou acima do esperado pelos analistas, que previam avanço entre 0,3% e 0,5%. As exportações de bens e serviços foram destaque no período, com alta de 4,1%, seguido de serviços (0,7%).
A previsão para este ano, contudo, é de uma desaceleração na economia diante do ritmo mais fraco do emprego e do rendimento, inflação elevada, crédito restrito e a fragilidade na confiança dos empresários e consumidores. As projeções dos analistas sugerem um crescimento de 1,7%.
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