Mais empresas podem ser rebaixadas nos próximos dias, indica S&P
No dia seguinte ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil, a agência Standard and Poors indicou que mais empresas brasileiras deverão ter sua avaliação reduzida nos próximos dias.
Ontem à noite, após o corte da nota do Brasil, a agência rebaixou a avaliação dos títulos emitidos pela Petrobras, Eletrobrás e Samarco.
Apesar das críticas aos erros das agências de risco na crise econômica mundial, essas avaliações ainda servem de parâmetro para grande parte do mercado internacional.
As notas de crédito têm impacto sobre o custo da dívida de empresas e países. Quanto melhor a classificação, menor tende a ser o desembolso com os juros dos financiamentos, e vice-versa.
Segundo Lisa Schineller, diretora para a América Latina da agência, mudanças ocorrerão nos próximos dias.
"Nós anunciamos mudanças nos ratings [notas de classificação] de algumas empresas ontem à noite e nós esperamos fazer comentários sobre notas relacionadas nos próximos dias", afirmou nesta terça-feira (25), em conferência por telefone com analistas e jornalistas.
O Brasil foi rebaixado do nível BBB para BBB-, o menor degrau dentro da escala de grau de investimento, no qual o mercado é considerado seguro para se investir.
Segundo Schineller, a credibilidade da política fiscal se enfraqueceu, com perda de transparência na sua execução.
"O rebaixamento realmente reflete uma combinação de deterioração fiscal nos anos recentes e uma perspectiva de que a política fiscal seguirá enfraquecida nos próximos anos, aliado a um baixo crescimento econômico", resumiu.
Segundo ela, não será fácil alcançar o superávit de 1,9% do PIB, devido ao crescimento menor e algumas isenções fiscais que prosseguem. E afirmou que os gastos com o setor de energia e alguns custos que foram adiados são um risco para as finanças do país.
A perspectiva do Brasil, porém, agora é estável, segundo enfatizou Schineller, o que afasta o risco de perda do grau de investimento no curto prazo.
Ela ressaltou que o país tem instituições e um desenho de política econômica fortes, o que pesa a favor do país. E citou como exemplo de uma tentativa de ajuste o aumento da taxa de juros (Selic), pelo Banco Central.
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