Dólar cai ao menor valor em quase cinco meses; Bolsa sobe 5% na semana
O dólar fechou esta sexta-feira (28) em queda pelo segundo dia e atingiu seu menor valor em quase cinco meses, após a poupança que o governo faz para pagar a dívida pública ter ficado acima do esperado em fevereiro.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve queda de 0,37% sobre o real, cotado em R$ 2,262 na venda. É o menor valor desde 4 de novembro do ano passado, quando estava em R$ 2,244. Na semana, houve baixa de 2,58% –o pior desempenho semanal desde a semana entre 16 e 20 de setembro de 2013, quando cedeu 3,27%.
Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, encerrou a sexta-feira com queda de 0,39%, a R$ 2,259 –também o menor valor desde 4 de novembro do ano passado, quando estava em R$ 2,245. Na semana, a desvalorização chegou a 2,88%.
O setor público brasileiro registrou superavit primário –poupança que o governo faz para pagar a dívida pública– de R$ 2,130 bilhões em fevereiro.
"A maior parte das apostas era de deficit para o período. Esse resultado positivo reforçou o otimismo dos investidores visto desde a semana passada, colaborando para uma entrada maior de recursos no país e, consequentemente, reduzindo a pressão sobre o câmbio", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
O número também ajudou a Bolsa brasileira a se sustentar no azul hoje, embora tenha desanimado a piora da inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), que ficou em 1,67% em março, acima das projeções do mercado.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou leve alta de 0,24%, aos 49.768 pontos. Com este desempenho, o índice acumulou ganho de 5,04% na semana –o segundo ganho semanal consecutivo. Na semana passada, a alta do Ibovespa havia sido de 5,37%.
O ganho do índice foi impulsionado pela alta das ações de construtoras, como Rossi Residencial (+6,67%) e PDG (+3,70%). A BR Malls completa o ranking dos maiores ganhos do Ibovespa no dia, com avanço de 3,53%.
Depois de subir mais de 8% ontem, os papéis mais negociados da Petrobras oscilaram entre perdas e ganhos nesta sexta-feira, e fecharam o dia com valorização de 0,58%. Essas ações representam mais de 8% do Ibovespa e subiram ontem após pesquisa CNI/Ibope ter mostrado piora na avaliação do governo Dilma Rousseff.
Segundo analistas, o mercado acredita que uma desaprovação maior do governo Dilma possa trazer mais dificuldade para a presidente se reeleger em outubro. E um novo governo, na avaliação do mercado, poderia utilizar menos as estatais como instrumento político.
BANCO CENTRAL
Segundo operadores, além da entrada maior de investidores estrangeiros no mercado brasileiro desde a semana passada, também ajudaram o dólar a perder força sobre o real nesta semana as intervenções do Banco Central.
Hoje, por exemplo, a autoridade monetária brasileira promoveu seu leilão de swap diário (operação que equivale à uma venda futura de dólares), vendendo 4.000 contratos por US$ 198,3 milhões. O BC também vendeu a oferta total de 10.000 swaps em um leilão extra para rolagem de contratos que vencem no mês que vem, no total de US$ 494,3 milhões.
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Atualizado em 23/05/2024 | Fonte: CMA | ||
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