Com queda nas vendas setor de autopeças começa a demitir em SP
O setor de autopeças já começa a demitir trabalhadores no polo metalúrgico do ABC, na capital e na Grande SP. As demissões já passam de 2.000 e refletem a queda de produção nas montadoras de automóveis no país.
Em Jundiaí, desde o início do ano, 1.500 funcionários do ramo do plástico foram demitidos. Segundo o Sindiplástico (que representa os trabalhadores da área), metade dos cortes está ligada à produção automotiva.
Esse segmento produz painéis, retrovisores e outras peças para carros e emprega 13 mil trabalhadores.
"É um efeito em cascata, que afetará ainda mais segmentos, como o de embalagens", afirma João Henrique dos Santos, presidente do Sindiplástico.
A produção de autopeças também foi afetada. Ainda que não possua números específicos para o setor, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que o segmento representa uma parcela significativa das demissões no primeiro trimestre. Nesse período, 1.012 postos foram fechados na região.
Já o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes afirma que ainda não houve demissões na indústria de autopeças na região, mas o órgão tem recebido consultas das empresas sobre a possibilidade de aplicação de medidas de flexibilização na produção.
Os altos estoques das montadoras e a queda nas exportações têm feito a produção de carros diminuir.
Na semana passada, a Volkswagen anunciou o afastamento de 900 funcionários de São Bernardo do Campo, por cinco meses, e de outros 400 em São José dos Pinhais (PR), por quatro meses.
O governo divide os custos dos salários com a indústria.
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Confira alguns casos:
1.012 postos a menos no ABC
- Esse é o saldo de demissões no primeiro trimestre
- O número inclui as montadoras e o setor de autopeças
- A base do sindicato da região inclui São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
1.500 demissões em Jundiaí
- É o total de postos fechados na indústria do plástico nos primeiros quatro meses do ano
- Cerca de 50% dessas demissões estão ligadas ao setor de transformação de autopeças, que produz para a indústria automotiva
- A base do sindicato inclui Jundiaí e outras seis cidades da região
Capital e Mogi das Cruzes
- Segundo o sindicato, as empresas de autopeças já estudam diminuição da jornada e férias para evitar demissões
- Ainda não houve demissões na região
Fontes: sindicato dos trabalhadores da indústria do plástico de Jundiaí e sindicatos dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e do ABC
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