Indicador do BC aponta crescimento menor para o PIB no 1º trimestre
O indicador de atividade do Banco Central divulgado nesta sexta-feira (16) sinaliza um crescimento mais fraco da economia brasileira nesse início de ano em relação aos últimos três meses de 2013.
O BC informou nesta quinta-feira (16) que o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) caiu 0,11% em março em relação a fevereiro e cresceu 0,29% nos três primeiros meses do ano, na comparação com o quarto trimestre de 2013.
O índice já foi tido como uma prévia do PIB, mas deixou de se ser considerado assim após ter descolado dos números oficiais do IBGE. O instituto divulgará o dado do primeiro trimestre no final deste mês.
A previsão dos analistas é que o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, que será divulgado daqui duas semanas, mostre um crescimento de até 0,5%. No quarto trimestre, o avanço foi de 0,7%.
Em relação ao resultado do ano, as expectativas continuam apontando para um crescimento abaixo de 2%. Na pesquisa Focus divulgada na última segunda-feira (12), por exemplo, a estimativa era de 1,69%.
Edson Silva/Folhapress | ||
Linha de produção de calçados da fábrica Rota Norte em Franca (SP); índice de atividade econômica do Banco Central caiu 0,11% em março |
ESTIMATIVAS PARA O PIB
Para a consultoria Rosenberg Associados, o PIB deve apresentar um resultado próximo da estabilidade neste primeiro trimestre do ano. A LCA, por outro lado, estima uma alta de 0,5%.
"Este primeiro trimestre pífio coloca um viés de baixa sobre as expectativas para o ano", diz a Rosenberg Associados em relatório.
Pelos cálculos da consultoria, para crescer 1,8% em 2014, o PIB terá de registrar elevação média mensal de 0,4%, "o que não parece tarefa fácil, diante dos desafios que se colocam em termos de mercado de trabalho, crédito e confiança."
O economista Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências, trabalha com um PIB de 0,2% no primeiro trimestre e de 1,9%, mas afirmou que a tendência é que os números sejam revisados para baixo.
Bacciotti disse que os números do BC ainda não consideram a revisão feita pelo IBGE na pesquisa industrial, que mostrou um resultado mais fraco para o primeiro trimestre de 2014.
Para o Banco Fator, o dado do BC confirma uma "relevante" desaceleração da atividade econômica no primeiro trimestre e reforça a expectativa de manutenção da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), na última semana de maio.
O IBC-Br é uma das informações utilizadas pelos economistas nas suas projeções para o PIB. Os dois indicadores têm periodicidade e método de cálculos diferenciados, por isso, nem sempre apresentam os mesmos resultados.
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