Ambientalistas temem novo desmate após fim de moratória da soja
O avanço da plantação de commodities no sul do Pará, mesmo em áreas degradadas oriundas de pastagem, preocupa especialistas ouvidos pela Folha.
"Esse estoque [de área degradada] não é interminável. Haverá uma hora em que essas áreas vão sumir, e a pressão sobre a floresta vai retornar", diz o ambientalista Rodrigo Junqueira, do ISA (Instituto Socioambiental).
Segundo ele, a ameaça será maior com o término, neste ano, da vigência da moratória da soja.
O acordo, em vigor desde 2006, reduziu o ritmo do desmatamento na Amazônia ao proibir a comercialização da soja plantada em áreas desmatadas.
Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Carlos Xavier, um plano ambiental do governo reservou, desde 2008, 3 milhões de hectares de pastagem para a agricultura. "Sabemos que há ações criminosas de derrubada de floresta, mas estamos conseguindo conter esse ritmo, estimulando a agricultura a avançar só nas áreas já abertas."
Geraldo Fernandes, pesquisador em Ecologia da UFMG, diz esperar que o CAR (Cadastro Ambiental Rural), obrigatório a partir de 2015, consiga emplacar. "Tomara que sirva para colocar o produtor rural e a indústria na linha."
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