Economia dos EUA cai 2,9% no 1º trimestre, pior resultado em 5 anos
A economia dos Estados Unidos contraiu no primeiro trimestre a um ritmo muito mais agudo do que estimado anteriormente.
O PIB (Produto Interno Bruto) americano encolheu a uma taxa anual de 2,9%, o pior desempenho da economia desde 2009, quando os Estados Unidos lidava com a recessão pós-crise financeira.
Os dados, no entanto, não se traduzem em um retorno à recessão, que é tecnicamente definida como dois trimestres consecutivos de queda do PIB. No trimestre anterior, a economia havia avançado 2,6%.
Anteriormente havia sido divulgada uma queda de 1,0% para os três primeiros meses do ano. Fortes revisões em números do PIB não são incomuns, pois o governo não tem dados completos quando faz suas estimativas inicial e preliminar. A primeira estimativa apontava para alta de 0,1%.
Economistas esperavam que a revisão dos dados mostrasse contração de 1,7%.
Embora as dificuldades da economia tenham sido atribuídas em grande parte a um inverno mais rigoroso que o normal, a magnitude das revisões sugerem outros fatores de pressão além do clima.
A diferença entre a segunda e a terceira estimativas foi a maior já registrada desde 1976, disse o Departamento do Comércio dos EUA nesta quarta-feira (25).
SAÚDE
As mais recentes revisões refletem um ritmo mais fraco de gastos em saúde do que se presumia anteriormente, o que causou uma redução na estimativa de gastos de consumidores.
Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, cresceu a uma taxa de 1,0%, enquanto que o número divulgado anteriormente era de uma expansão de 3,1%.
As exportações recuaram 8,9%, em vez do ritmo de 6,0%, resultando em um deficit comercial que cortou 1,53 ponto percentual do PIB.
O fraco crescimento das exportações foi relacionado às temperaturas geladas durante o inverno. Economistas estimam que o clima severo pode ter cortado até 1,5 ponto percentual do PIB no primeiro trimestre. O governo, entretanto, não deu detalhes sobre o impacto do clima.
As empresas acumularam US$ 45,9 bilhões em estoques, um pouco menos que os US$ 49,0 bilhões estimados no mês passado. Os estoques subtraíram 1,70 ponto percentual no primeiro trimestre, mas devem oferecer um impulso no segundo trimestre.
Uma medida da demanda doméstica que exclui exportações e estoques mostrou expansão a uma taxa de 0,3%, em vez de um ritmo de 1,6% divulgado anteriormente.
O comércio também pesou mais sobre a economia do que se pensava antes. A economia cresceu a uma taxa de 2,6% nos últimos três meses de 2013.
SEGUNDO TRIMESTRE
Há indícios de que o crescimento se recuperou de maneira forte desde então.
Com o primeiro trimestre para trás e o período de abril a junho parecendo mais forte, investidores devem ignorar o relatório de hoje. Dados como emprego, atividade industrial e do setor de serviços apontam para forte aceleração do crescimento no início do segundo trimestre.
Porém, o ritmo de crescimento pode ficar aquém das expectativas, que chegam a até 3,6%.
A Casa Branca declarou que a forte contração da economia no primeiro trimestre mostra que a recuperação da recessão ainda está em andamento, mas salientou que outros indicadores para abril e maio sugerem uma recuperação no segundo trimestre.
"A recuperação da grande recessão, no entanto, permanece incompleta, e o presidente continuará a fazer tudo que puder para sustentar a recuperação, seja agindo através de medidas executivas ou ao trabalhar com o Congresso em medidas que impulsionem o crescimento e acelerem a criação de empregos", disse Jason Furman, presidente do Conselho de Consultores Econômicos, em comunicado.
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