Bolsa tem leve queda após resultado negativo do setor público brasileiro
O principal índice da Bolsa brasileira opera em baixa nesta segunda-feira (30), com investidores digerindo dados sobre as contas do setor público, que fecharam maio com o primeiro resultado negativo para o mês desde o início da série histórica do Banco Central, em 2002.
O Ibovespa tinha, às 11h30 (de Brasília), queda de 0,30%, aos 52.996 pontos. O volume financeiro era de R$ 872,7 milhões no mesmo horário.
De acordo com o BC, União, Estados, municípios e empresas estatais registraram deficit primário de R$ 11,05 bilhões no mês passado. Considerando todos os meses, o resultado é o pior desde dezembro de 2008, quando o deficit foi de R$ 20,952 bilhões, no auge da crise internacional.
Colaborando para o mau humor dos investidores, economistas de instituições financeiras reduziram pela quinta semana consecutiva a perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano, de acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central. A expectativa passou a 1,10%, 0,06 ponto percentual a menos que no levantamento anterior.
A confiança do empresário brasileiro também decepcionou e teve em junho a sexta queda seguida, segundo medição feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,9% em junho sobre o final de maio. No mês anterior, a queda havia sido de 5,1%.
As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras tinham, às 11h32, queda de 0,11% (a R$ 17,18 cada), após reunião da presidente da petroleira com analistas. No mesmo sentido, os papéis preferenciais da Vale cediam 0,64% (a R$ 26,04 cada), depois de terem invertido a tendência positiva vista na abertura dos negócios, acompanhando a queda nos preços do minério de ferro no mercado chinês.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,11% sobre o real, às 11h33, cotado em R$ 2,203 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,41%, a R$ 2,204.
O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4 mil contratos de swap (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 198,7 milhões.
A autoridade não anunciou leilão de swaps cambiais para rolagem de mais contratos que vencem em 1º de julho. O lote de swaps com prazo para o primeiro dia do mês que vem corresponde a US$ 10,060 bilhões. Em leilões diários que ocorreram desde o início do mês, o BC estendeu os prazos de pouco mais de 85% desse total.
Com isso, a autoridade manteve o ritmo que vem adotando desde abril de rolagens parciais dos contratos de swap com vencimento no mês seguinte. A autoridade monetária rolou integralmente todos os lotes que venceram entre setembro e março, à exceção do lote de novembro.
Segundo operadores, além da ausência de leilão adicional do BC, também pesa sobre o câmbio hoje a disputa dos investidores para a formação da Ptax –taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais e é divulgada no início da tarde do último dia útil de cada mês.
Com Reuters
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 03/05/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +1,09% | 128.509 | (17h31) |
Dolar Com. | -0,83% | R$ 5,0697 | (17h00) |
Euro | -0,42% | R$ 5,4569 | (17h31) |