Vida no "Candy Crush" é mais cara e pode ser curta
Apesar de colorida, a vida no "Candy Crush" é mais cara do que a vida real. E não é que os preços dos doces que dão tom ao popular joguinho tenham subido ultimamente.
Mesmo que sejam baixados gratuitamente, jogos como o "Crush" permitem que o usuário compre "vidas" e outras facilidades que facilitam a subida de nível —o preço dessa "forcinha" pode ser descontado do cartão de crédito.
De olho nas faturas mensais, o consumidor muitas vezes se preocupa em enxugar o orçamento cancelando a TV a cabo ou deixando de ir ao cinema, mas, se considerasse o quanto gasta a cada hora com lazer, talvez repensasse os pequenos sacrifícios.
Um estudo publicado pelo Deutsche Bank no início de agosto calculou o custo por hora de diversas formas de entretenimento. De jornais a ingressos de cinema, de revistas a plano de TV a cabo.
Pelo levantamento, um usuário gasta, por hora, ao brincar com joguinhos desenvolvidos pela britânica King Digital Entertainment, como o "Candy Crush", quase cinco vezes o que pagaria, pelo mesmo tempo, à Netflix, que exibe filmes e séries online.
O Deutsche Bank calcula que, se o usuário médio de um dos jogos da King gasta US$ 19,54 (R$ 44,87) —de acordo com dados do segundo trimestre da empresa— e joga por 4,5 horas, ele gasta US$ 4,34 (R$ 9,97) por hora.
Pelo ranking, formulado a partir dos preços globais de de diferentes mídias, a assinatura da Netflix é duas vezes e meia a de um pacote completo de TV a cabo.
Isso acontece porque os cálculos incluem o tempo estimado gasto em cada mídia. Assim, mesmo que assinar a Netflix custe por mês menos do que um pacote completo a cabo, o consumidor médio aproveitaria mais a TV por assinatura, por passar mais tempo vendo TV do que séries e filmes no computador.
GAME OVER?
Desenvolvido pelo banco para avaliar as ações da King, que abriu seu capital em Bolsa em março, o estudo aponta que a empresa terá problemas para se manter, por oferecer um produto caro demais.
A companhia tem focado o desenvolvimento de jogos, mas nenhum deles conquistou tantos fãs como o "Candy Crush Saga", o aplicativo gratuito mais baixado e de maior receita em 2013.
Empresas como a King tiveram sucesso ao criar games viciantes, mas enfrentam a desconfiança de investidores.
Ao ver sua audiência nas redes sociais migrar do Orkut para o Facebook, a Vostu, criadora do "Mini Fazenda", teve de se adaptar ao mercado, diminuindo o número de funcionários e se concentrando em aplicativos móveis.
Já a Zynga, criadora do hit "FarmVille" —que também simula cuidar de uma fazenda— anunciou o corte de 520 postos de trabalhos em 2013.
Brendan McDermid/Reuters | ||
Personagens de "Candy Crush" em frente à Bolsa de Valores de Nova York |
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