Folhainvest responde: Debênture é melhor que o Tesouro Direto?
A pergunta foi enviada pelo leitor A.L.M., de Curitiba (PR). Mande também suas perguntas para duvidainvest@uol.com.br.
RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER - A plataforma do Tesouro Direto tornou-se sinônimo de investimento em título público. Apesar de sua popularização, deve-se atentar para seus custos.
Para montar uma carteira de títulos de renda fixa, o investidor deve prestar atenção a fatores como: risco de crédito, indexador, prazo de investimento, IR e custos de negociação.
Com relação ao primeiro fator, é relevante caracterizar os títulos segundo o emissor, público ou privado.
Ao comprar uma debênture, título de crédito emitido por empresas para captar recursos, o investidor se torna credor dessa companhia. Por terem maior risco de crédito, os investidores em títulos privados são compensados com mais retorno. Contudo, deve-se tomar cuidado ao comprar crédito privado, pois uma empresa pode não cumprir seus pagamentos. Assim, não se recomenda comprar muitos títulos de um mesmo emissor para o portfólio.
Debêntures não possuem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). O investidor deve ler o prospecto da emissão para entender as garantias atreladas à emissão. Elas são a sua proteção caso a empresa não tenha recursos para honrar os pagamentos. Assim, quanto maiores a garantia e a qualidade de crédito do emissor, menor será o retorno que a debênture vai proporcionar acima do título público equivalente.
Com relação ao prazo, o investidor menos experiente deve evitar correr o risco de liquidez e de mercado. Ou seja, deve evitar a compra de títulos com vencimento superior ao momento que deseja utilizar os recursos.
Caso o investimento seja para aposentadoria, o investidor pode comprar títulos de longo prazo. Entretanto, se pretende investir para realizar uma viagem, a compra de títulos com vencimento longo pode gerar prejuízos no momento da venda devido a problemas de liquidez ou por variações de preço.
Outra vantagem de algumas debêntures é a ausência de IR para pessoas físicas.
Portanto, a melhor alternativa para uma carteira de renda fixa é diversificar com títulos públicos e privados como as debêntures.
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