Confiança da indústria cai 2,8% e vai ao menor patamar desde 2009
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira recuou 2,8% em setembro sobre agosto, marcando a nona queda seguida e indo ao menor patamar desde março de 2009, em meio à atividade fraca do setor.
O indicador atingiu 81,1 pontos neste mês, contra 83,4 pontos no mês anterior, quando havia caído 1,2%, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (30).
"Ao final do terceiro trimestre, a atividade industrial mantém-se fraca. O setor se mostra insatisfeito com o ambiente de negócios e pessimista quanto à possibilidade de mudanças no horizonte de três a seis meses", disse o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.
O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 2,9% em setembro, a 80,3 pontos, com destaque para a satisfação com o nível de demanda.
Já o Índice de Expectativas (IE) voltou a recuar após ter mostrado recuperação em agosto, e caiu 2,6%, para 81,9 pontos, influenciado principalmente pelas expectativas sobre a situação futura dos negócios.
A FGV informou ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada caiu a 83,0% em setembro, 0,2 ponto percentual a menos do que no mês anterior.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Em julho, a produção industrial brasileira voltou a crescer após cinco meses de queda, com alta de 0,7%, mas analistas não consideraram o resultado como o início de tendência de recuperação para o setor.
Na comparação com julho de 2013, o índice ficou negativo em 3,6%. Com esse resultado, a indústria acumulou uma perda de 2,8% neste ano.
A taxa em 12 meses encerrados em julho registrou queda de 1,2%.
A leve retomada em julho decorreu especialmente diante de forte desempenho dos chamados bens duráveis, com alta de 20,3%, impulsionada pelo aumento da produção de veículos -após meses de fraco dinamismo, demissões e férias coletivas em montadoras. Foi a maior alta desde janeiro de 2009, quando havia sido de 26,1%.
Divulgada na segunda-feira (29), a pesquisa Focus do Banco Central, feita com economistas de instituições financeiras, mostra que a expectativa é de que a indústria vai encolher 1,95% neste ano, quando o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar apenas 0,29%.
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