Com queda dos alimentos, inflação na zona do euro desacelera em setembro
A inflação na zona do euro desacelerou ainda mais em setembro devido à queda dos preços de alimentos não processados e energia, provocando enfraquecimento do euro contra o dólar devido às expectativas de mais afrouxamento da política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE).
A agência de estatísticas Eurostat informou nesta terça-feira (30) que os preços ao consumidor nos 18 países que usam o euro avançaram 0,3% na comparação anual, desacelerando ante 0,4% em agosto e julho. O dado de setembro ficou em linha com as expectativas do mercado.
POLÍTICA MONETÁRIA
O BCE quer manter a inflação abaixo mas perto de 2% no médio prazo. A taxa persistentemente baixa destaca a dificuldade de atingir essa meta na economia estagnada da zona do euro.
Na semana passada, o presidente da instituição, Mario Draghi, disse que o BCE manterá a política monetária expansionista pelo tempo necessário para elevar a inflação.
Com dados mostrando que a economia da zona de moeda única estagnou no segundo trimestre, Draghi disse a uma rádio francesa que o BCE fará tudo ao seu alcance para estimular o crescimento, mas reafirmou que os países do bloco precisam melhorar suas economias.
"A política monetária continuará expansionista por um longo tempo e posso dizer a vocês que o Conselho [do BCE] é unânime em se comprometer com o uso das ferramentas à sua disposição para levar a inflação de volta a pouco abaixo de 2%", disse Draghi à rádio Europe 1 nesta quarta-feira (24).
PRODUÇÃO E SALÁRIO
"Com a produção real abaixo do potencial e fraco crescimento do salário em muitos países da zona do euro, a inflação permanecerá fraca", disse o economista da Moody's Analytics Tomas Holinka.
"A economia da zona do euro estagnou no segundo trimestre e as perspectivas de recuperação estão diminuindo. O desempenho mais fraco que o esperado da zona do euro alimenta incerteza sobre a recuperação econômica e temores sobre a ameaça de deflação", disse ele.
Os preços de alimentos não processados caíram 0,9% na base anual em setembro, e os de energia ficaram 2,4% mais baratos no período.
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